Quem já visitou a Serra Catarinense sabe que as belezas naturais abundam na região e que a competição pelo mais “belo cartão postal do estado” é renhida. Mas Bom Jardim da Serra pode com justiça ser considerado um dos mais fortes competidores nessa contenda – sobretudo se considerarmos a categoria dos “cenários naturais envolvendo cascatas e morros enormes cobertos por uma vegetação praticamente intocada”.

Além disso, a cidade, situada a 230 km de Florianópolis, é considera a “capital das águas”, devido ao grande número de rios que nascem no seu entorno. Ao todo, são 35 cachoeiras e 14 nascentes de rios que desaguam no Rio Pelotas, que também pertence ao município. Uma boa notícia para quem gosta do frio é a possibilidade de ver neve na região durante o período do inverno.

Estes fatos já nos dão bons motivos para visitar a cidade. Mas há muito mais! Por isso, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, no post de hoje, percorremos mais uma bela localidade sulista e listamos algumas das principais atrações bom jardinenses para ajudar você a planejar a sua próxima viagem.

Pronto para mais este destino? Vem com a gente que você vai se surpreender com as riquezas de Bom Jardim da Serra!

 

Um pouco sobre Bom Jardim da Serra

Bom Jardim da Serra tem cerca de 4 mil habitantes, boa parte dos quais descendentes de portugueses, italianos e espanhóis, que até os dias de hoje dedicam ao cultivo da maçã e de batatas. A história do município remonta aos séculos XVIII e XIX, quando começou a ser colonizado por tropeiros e colonizadores de Lages. Por aproximadamente um século, os tropeiros tiveram um papel predominante na vida econômica da região, pois, enfrentando a íngreme serra, esses viajantes levavam charque, sebo, courama e traziam na volta produtos como tecidos, querosene, sal e armas.

Em 1905, foi erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na região. Esse fato marcou a fundação do município. A sua autonomia administrativa, contudo, só foi conquistada em 1967 por meio da Lei n.º 1052. Situada a 1.232 m de altitude acima do nível do mar, a cidade é considerada uma das mais frias do Brasil, com geadas frequentes em todos os meses do ano e neve que pode ocorrer de abril a outubro. Em junho de 2012, foi registrado um recorde de temperatura baixa na região: -9,2° C.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Jardim da Serra.

 

Cânion das Laranjeiras

O Cânion das Laranjeiras está localizado a 12 km do centro de Bom Jardim da Serra e é uns dos cânions mais famosos e visitados da região. Ele está em área privada, na Fazenda Santa Cândida, mas o seu acesso é liberado ao público mediante pagamento de uma taxa de entrada (em torno de R$ 10,00). A visita vale muito a pena pela vista, com fendas profundas e com um recorte natural surpreendente.

A partir da entrada da fazenda, o caminho que leva ao topo do cânion tem uma extensão de cerca de 2,5 km. A caminhada no interior da mata é feita em terreno lamoso e acidentado. Por isso, é recomendo que a visita seja feita com um guia ou em grupos organizados pelas pousadas da região.

Tome nota de dois outros cânions que valem a pena visitar na região: Cânion da Ronda e Cânion do Funil, ambos com cerca de 1500 metros de altitude e vistas incríveis.

 

Morro da Igreja

O Morro da Igreja tem 1.822 metros de altitude, que valem a pena ser percorridos pela vista incrível que se tem do topo. Esta estrutura é também atribuída a Urubici, mas, de acordo com a Secretaria Estadual do Planejamento de Santa Catarina, oficialmente deve ser atribuída a território bom jardinense.

A trilha que leva ao topo do morro pode ser feita a pé, a cavalo, com jipes ou MotoCross. É preciso ir bem agasalhado pois faz bastante frio. Aproveite para tirar fotos da famosa Pedra Furada, um dos cartões postais catarinenses.

 

Cascata Salto do Pelotas

A Cascata Salto do Pelotas Grande é um conjunto de quedas de água situado a 8 km do centro de Bom Jardim da Serra, às margens da SC-438. Águas puras e cristalinas garantem um passeio relaxante. Para chegar, percorre-se uma trilha leve, que dura cerca de 10 minutos. No verão, há mais volume de água e piscinas naturais.

Por estar também localizada em uma área privada, recomenda-se que a visita à cascata seja acompanhada por um guia ou com os grupos organizados nas pousadas.

 

 Serra do Rio do Rastro

A Serra do Rio Rastro está localizada a 11 km do centro de Bom Jardim da Serra e conta com um mirante a 1400 metros de altura. Dele, tem-se uma espetacular de toda a planície litorânea de Santa Catarina. É possível avistar alguns municípios e, nos dias de sol e de boa visibilidade, até o mar.

No mirante, há um grande estacionamento e alguns estabelecimentos, como lanchonetes e cafés. Nas proximidades desse mirante, está localizada a primeira estação catarinense de energia eólica (aquela produzida pela ação do vento). Chamam a atenção os enormes cata-ventos de três hélices a 50 m de altura.

 

Turismo rural

Já vários hotéis-fazenda e pousadas da região equipados para o turismo rural. Eles oferecem inúmeras atividades ao ar livre, como pesca, trilhas e caminhadas ecológicas, passeios de barco, observação de pássaros, banhos de cachoeira e cavalgadas, além de boa comida típica e música tradicional ao redor de um fogo de chão.

Devido à abundância de rios, há inúmeras oportunidade para a pesca, especialmente da truta. A temporada “pesque e solte” vai de junho até o final de agosto de cada ano.

Para uma lista de hotéis-fazenda e pousadas em Bom Jardim da Serra, consulte aqui.

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Por hoje é tudo, mas a nossa aventura está apenas começando.  Para acompanhar os próximos destinos, siga as nossas redes sociais: clique aqui para curtir a nossa página no Facebook e no Instagram.

Até o próximo post!

Roder Cypriano 

Mateando 

Com o perdão do trocadilho, Bom Retiro é uma cidade boa para… um bom retiro. É que, de fato, a localidade faz jus ao seu nome: é um destino ideal para quem deseja relaxar e fazer uma pausa de descanso entremeio a natureza. Aliados a um povo hospitaleiro, montanhas, matas inexploradascachoeiras, planaltos, campos, grutas e morros fazem desta uma cidade muito especial na Serra Catarinense. 

Porta de entrada da região serranaBom Retiro está entre as cidades que formam o Caminho das Neves, localizada a uma altitude que chega aos 1800 metros. A temperatura média anual é de 15 ºC e há ocorrência frequente de geadas, sobretudo nos meses de junho, julho e agosto. Com os vinhos da região, o cenário é ideal para quem gosta de curtir um friozinho 

Dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinenseno post de hoje, percorremos mais uma bela localidade listamos algumas das principais atrações de Bom Retiro para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente! 

 

Um pouco sobre Bom Retiro 

história de Bom Retiro começou no final do século XVIII, quando o alferes Antônio Marques de Arzão recebeu a missão de abrir uma estrada que ligasse São José, no litoral, a Lages, no planalto catarinense. Durante a execução dessa tarefa, ele descobriu as terras que viriam a ser Bom Retiro.  

Com cerca de 10 mil habitantes, a cidade hoje tem na agropecuária o seu forte. Além disso, é a maior produtora de cebola da região do Planalto e a sua maçã-gala é famosa em todo país.  

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Retiro. 

 

Campo dos Padres  

O Campo dos Padres é um domaiores morros de Santa Catarina – mais precisamente, com 1798 metros, ele é o terceiro em elevação, ficando atrás do Morro do Chapéu, com 1823,49m, e do Morro da Boa Vista, com 1827m. Fazendo divisa com os municípios de Bom Retiro, Urubici e Anitápolis, esta elevação deve seu nome a uma alusão aos padres jesuítas que vinham das missões e refugiaram-se nos campos da serra catarinense 

Para chegar ao Campo dos Padres, o trajeto é de difícil acesso, mas o cenário compensa o esforço. É preciso estar bem preparado fisicamente, usar calçado e vestuário adequado e levar alimentação adequada e água. Além disso, recomenda-se a contratação de um guia de turismo. 

 

Morro do Costão do Frade 

O Costão do Frade é uma pedra que lembra esse nome porque a sua forma lembra a silhueta de um frade jesuíta. No seu pico, a uma altura de 1.422 metros, é possível avistar o Alto do Vale do Itajaí de um lado e a Serra Catarinense de outro. A passagem de estreito caminho com dois precipícios de cada lado é de tirar o fôlego.  

A dificuldade da trilha é de moderada a difícil e, por isso, indicada para pessoas com bom condicionamento físico. Faz bastante frio. Novamente, é indicada a companhia de um guia de turismo.  

 

Cachoeira do Barbaquá 

Esta cachoeira dista cerca de 18 km do centro da cidade de Bom Retiro e 80 metros de uma estrada principal. No trajeto, é possível apreciar paisagens e montanhas belíssimas. O terreno pode ser percorrido pelos amantes do ciclismo. 

Além de aproveitar um banho de cachoeira com água cristalina, é possível fazer um belo piquenique nas proximidades e recarregar as energias para voltar à pedalada. 

 

Turismo rural e turismo enófilo 

O turismo rural é forte na região de Bom Retiro. É possível hospedar-se em um hotel-fazenda ou uma pousada rural e aproveitar inúmeras atividades ao ar livre, desde as mais tradicionais, como cavalgadas e caminhadas ao ar livre, até esportes radicais, como rapel, parapente e trekking. Para uma lista de hotéis e pousadas na cidade, consulte aqui. 

Bom Retiro também está inserido na chamada Rota dos Vinhose é um bom local para apreciar vinhos produzidos na região. Destacam-se as vinícolas Thera e Di BurattoOs roteiros à disposição do turista incluem trilhas por estradas onde se produzem vinhos, pousadas e apreciação de vinhos nas próprias vinícolas. 

 

Museu da Memória dos Imigrantes Alemães 

Além das belezas naturais, Bom Retiro também é cultura. No Museu da Memória dos Imigrantes Alemães, é possível ver registros (móveis, fotos, livros, documentos e outros objetos históricos) dos imigrantes alemães que se fixaram na região. Fundado em 2004o museu está instalado em uma antiga casa germânica ao lado de uma Igreja Adventista que é a terceira mais antiga do Brasil.  

O horário de funcionamento é das 08h às 12h e das 14h às 18h, de domingo a domingo. O telefone é o (49) 99142-9517. 

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Até o próximo post! 

*Fonte da Imagem de capa: Dario Lins

Roder Cypriano 

Mateando 

Urubici já foi descrita como “a cidade mais bonita da Serra Catarinense”.  Com cascatas de 100 metros de altura, cânions de perder a vista, campos de araucárias, fazendas centenárias e inúmeras quedas de água (82 para sermos mais precisos!), a cidade se destaca por suas belezas dignas de figurar em cartões portais.

Prova disso é o fato de que a natureza do município é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, fazendo parte da Reserva Mundial da Biosfera da Floresta Atlântica.

Incluída no chamado “Caminho das Neves”, que reúne as cidades mais frias da Serra, Urubici já registrou uma das temperaturas mais baixas de sempre no país – 17 ºC negativos. No inverno, geralmente neva e o vento constante dá a sensação de frio ainda mais intenso.

Mas o que visitar entre tantas coisas belas em solo urubiciense? Neste post, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, reunimos as atrações e os pontos de visitação imperdíveis em Urubici para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre Urubici

Há duas hipóteses para a origem do curioso nome desta localidade catarinense. “Uribici” pode ter derivado de um termo da língua geral paulista, “urubysy”, que significa “fileira de urubás” (uruba, urubá + ysy, fileira). A outra hipótese é que o vocábulo deriva do termo tupi “urubuysy”, que significa “fileira de urubus” (urubu, urubu + ysy, fileira).

Com cerca de 11 mil habitantes, Uribici está situada a apenas 172 km da capital Florianópolis. O acesso se dá pelas rodovias SC-430, que liga o município à rodovia BR-282 em Bom Retiro. Pelo Sul, há SC-430, que liga a São Joaquim e Bom Jardim da Serra. Já ao leste, a SC-439 desce a serra, chegando ao município de Grão-Pará, em ligação com a BR-101 em Tubarão.

Em relação ao passado, Uribici tem muita história para contar – inclusive em inscrições rupestres de aproximadamente 4 mil anos, que podem ser visitadas até os dias de hoje. Segundo historiadores, 1711 é importante para a cidade, pois foi nesse ano que, sob as ordens do rei D. João V, os jesuítas aqui chegaram, procurando minas e catequizando os índios xoclengues que aqui habitavam.

Já no início do séc. XX, de olho na fertilidade no solo do vale do rio Canoas, chegaram à região inúmeros imigrantes italianos, alemães e letões, que passaram a se dedicar à agricultura e à pecuária, as principais atividades econômicas da região até os dias de hoje.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro.

 

Morro da Igreja

Situado a 26 km do centro da cidade, esta é uma atração obrigatória para quem visita Urubici. Com 1822 m de altitude, o Morro da Igreja é o ponto mais alto habitado da Serra Geral.

Por isso, todos os anos, no inverno, há ocorrência de neve, e mesmo no verão as temperaturas são mais frias. O local abriga uma base de monitoramento aéreo para os estados de Santa Catarina e de Rio Grande do Sul e ali foi instalada uma base pela aeronáutica brasileira.

A vista de cima do morro é de perder o fôlego – dá para ver boa parte do litoral sul catarinense. Destaque vai para a Pedra Furada, um dos cartões postais da cidade, com uma abertura de 30 metros de circunferência que é uma verdadeira obra de arte esculpida pela natureza durante milhares de anos.

Não se paga nada para entrar, mas, devido à quantidade de vagas de estacionamento limitadas, é preciso retirar autorizações de visitação na sede do Parque Nacional de São Joaquim (Av. Pedro Bernardo Warmling, n.º 1542), em Urubici. Não se esqueça de levar água e vestir roupas confortáveis durante a visita.

 

Trilha da Pedra Furada

A Trilha da Pedra Furada é o programa ideal para os amantes da aventura. Em cerca de 6 km de extensão (ida e volta), o objetivo é explorar uma formação rochosa que fica nas proximidades do Morro da Igreja, conforme já mencionamos.

As altitudes variam de 1767 a 1583 metros, e a caminhada dura em torno de cinco horas, entremeio à natureza pouco explorada (matas, campos, penhascos).

É essencial usar calçado e vestimentas apropriados e não esquecer de água e protetor solar. Deve-se também agendar a visita, que deve ser feita sob a supervisão de guias cadastrados no Parque Nacional de São Joaquim, devido à periculosidade de alguns trechos da trilha.

 

Cascata Véu da Noiva

Outra beleza imperdível em Urubici. Trata-se de uma cachoeira por onde a água, que escore por uma parede de pedra, parece formar o véu de uma noiva. Situada em propriedade particular (que cobra R$5,00 pela entrada), a cascata fica a 29 km da cidade, por um caminho de asfaltado (exceto cerca de 800 metros que devem ser percorridos dentro da propriedade).

Os visitantes podem aproveitar a visita para praticar tirolesa e percorrer trilhas. A propriedade também oferece restaurante e pousada. Entre em contato no 49-3236-1110.

 

Cachoeira do Rio dos Bugres

Ao se deparar com fotos da Cachoeira do Rio dos Bugres, fica fácil entender por que esta é considerada a cidade mais bela da Serra Catarinense.

Mais alta (e mais bonita) queda d’água de Urubici, com 220 m de altura, esta beleza natural está estruturada em um paredão de arenito com uma grande gruta na parte inferior.

A 25 km do centro da cidade, o acesso não é dos mais fáceis. Para visitar a parte de baixo, é necessário percorrer uma longa caminhada de 12 km (ida e volta) de dificuldade média, passando pelo leito do rio Bugres. Já a parte de cima é acessível somente com camionetas 4×4.

 

Igreja matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens

Esta é uma das muitas surpresas positivas que Uribici oferece ao visitante. Dona de uma arquitetura de estilo gótico, a Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens é uma das maiores do estado e foi construída graças às doações e ao empenho da comunidade local.

Rodeada por uma bela praça, a igreja possui quatro entradas iguais.

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Fonte da foto de capa: Dreampass Experiences

Até o próximo post!

Roder Cypriano

Mateando

Numa série única que temos publicado aqui no blog e que traduz um movimento de valorização das nossas riquezas gaúchas, percorremos de norte a sul a bela região de Campos de Cima da Serra, infelizmente ainda não explorada como merece.

 

No post de hoje, falamos de Pinhal de Serra. Herdeira das culturas ancestrais indígenas, repleta de cenários de tirar fôlego, além de gastronomia farta e variada, esta simpática cidadezinha com menos de 3 mil habitantes oferece ao viajante um local de cultura pulsante, paz e serenidade. Continue a leitura e conheça dicas de visitação para ajudar você a preparar a sua próxima viagem!

 

Um pouquinho de história

A origem do nome de Pinhal da Serra está relacionada a um povoado que remonta ao início do século XX. Segundo o relato dos antigos moradores, a atual localidade em questão era conhecida pelo nome São José dos Tocos, devido à sua grande quantidade de tocos, e pertencia ao município de Vacaria.

Em 1920, os moradores dessas terras, juntamente com os de Serra dos Gregórios, uniram esforços para construir uma capela em honra a São José. Em razão disso e da existência de grande quantidade de pinheiros na área, o povoado passou a ser chamado de São José dos Pinhais. Em 29 de novembro de 1938, a Capela São José também passou a ser chamada de Pinhal da Serra. Após vários anos de luta, o município foi criado então em 17 de abril de 1996, mas só foi instalado em 1.º de janeiro de 2001.

Atualmente, as principais fontes econômicas do município são a agricultura, a pecuária e a produção de energia. Destacam-se as produções de feijão, milho, trigo, o cultivo de soja, a fruticultura e a horticultura.

 

O que visitar em Pinhal da Serra

 

A seguir, preparamos uma lista de lugares e atividades para quem planeja conhecer Pinhal da Serra.

 
Parque Arqueológico do Homem das Araucárias

O Parque Arqueológico do Homem do Planalto das Araucárias, criado em 2016, é composto por floresta subtropical subcaducifólia com araucárias alternadas com campos de gramíneas.

 

Resultante da construção da UHE Barra Grande, o objetivo da criação deste parque foi o de disponibilizar conhecimento produzido em diferentes áreas, especialmente as da Biociências e Geociências, por meio da “realização de exposições temáticas, de vídeos, de palestras, de estudos interdisciplinares e da museologização de sítios arqueológicos a serem abertos à visitação pública e da elaboração de roteiros turísticos ecológicos e culturais”.

 

 

Roteiro Turístico Águas da Natureza

 

Ideal para quem gosta de natureza, este roteiro é uma oportunidade de conhecer as belezas da região e desfrutar de gastronomia típica. No percurso, estão exuberantes cascatas de águas cristalinas, paisagens naturais quase nada exploradas, contato com o artesanato local, enoturismo, trilhas ecológicas e campings ao ar livre. Para agendar o roteiro, entre em contato pelos telefones (54) 8403-8404 e (54) 3584-0250.

 

Festejos Farroupilha

 

Anualmente, no mês de setembro, uma Comissão especial, juntamente com a prefeitura, o CTG, O Piquete de Laçadores do Município e uma escola pública organizam as comemorações da Semana Farroupilha. Os festejos incluem tertúlias, cavalgadas, atividades culturais e apresentações artísticas e um tradicional café campeiro.

 

Bom, por hoje, é tudo! Mas se você não conferiu os demais destinos já percorridos na nossa série sobre as belezas rio-grandenses, esta é uma boa oportunidade: veja o que dissemos sobre Bom Jesus, São José dos Ausentes e Campestre da Serra. E em breve estaremos de volta com mais um destino – para não perder o que está por vir, é só seguir também as nossas redes sociais. Estamos no Facebook e no Instagram.

Até a próxima!

Roder Cypriano

Mateando

O nome do município de Jaquirana é herança indígena e deriva do termo “yaquirana”, que em tupi-guarani significa “cigarra cantadeira”, animal existente na região. A história do local remonta a 1900, quando, durante o desbravamento e a colonização da Serra Gaúcha, ali chegaram colonizadores em busca da madeira, o então chamado de “ouro branco”. Hoje, é cidade é inclusive conhecida como a Capital da Madeira no Rio Grande do Sul.

Jaquirana está situada a 200 km da capital Porto Alegre e possui uma população de cerca de 5 mil habitantes. Com uma topografia caracterizada por montanhas, ondulações, vales, campos e áreas de mata nativa, a cidade propõe ao viajante diversos atrativos para quem gosta de natureza e aventura.

 

Dando continuidade à nossa série dedicada às belezas da região de Campos de Cima da Serra, apresentamos dicas de visitação para quem deseja explorar a região e conhecer as riquezas do nosso estado. Vem com a gente!

 

O que visitar em Jaquirana?

A seguir, preparamos uma lista de lugares e atividades imperdíveis para quem planeja explorar Jaquirana.


Cascata Princesa dos Campos

Situada no Arroio dos Novilhos, na RS 476, esta cachoeira possui paredões de pedras e cascatas com trilhas. No local, há estrutura para camping, trilhas ecológicas, piscinas naturais e um campo de futebol. Há ainda a possibilidade de prática de rapel, para quem possui os equipamentos adequados.

 

Algumas outras cascatas que valem a pena conhecer na região são: Cascata do Venâncios (situada no rio Camisas – acesso pela estrada Cambará-Jaquirana); Cascata do Funil (situada no rio das Antas – acesso pela estrada Boa Vista); e Cascata Invernada de Baixo (situada no arroio Boqueirão – acesso estrada da Boa Vista).

 

Passo do S

Localizado no Parque Estadual do Tainhas a cerca de 10 km da cidade de Jaquirana, este passeio sinuoso (daí o motivo do seu nome) consiste em uma travessia do rio Tainhas por uma trilha que atravessa um jardim de bromélias e de flores de outras espécies. Dá para fazer a travessia até a outra margem de carro, a cavalo ou a pé – são cerca de 230 metros com um percurso demarcado por estacas e uma profundidade de cerca de 10 cm. O passeio termina com a vista para uma queda d’água de aproximadamente 100 m – a Cachoeira do Passo do S. Atenção! O percurso é acidentado e não é aconselhável para carros baixos.

 

Não há custo para visitação, que pode acontecer em qualquer horário do dia. Não há local para alimentação, por isso é aconselhável levar água e alimentos na mochila.

 

Morro da Cruz

Localizado no Morro da Cruz, de onde se pode ver toda a cidade e seus arredores, está o Cristo Redentor de Jaquirana. São cerca de 100 degraus para chegar até ao topo, mas a paisagem vale muito a pena. Neste morro está também instalada a Trincheira da Revolução, com três orifícios escavados na terra, que serviam de esconderijo aos chimangos na Revolução de 1923.

 

Trilhas ecológicas e passeios a cavalo

A cidade de Jaquirana possui diversas trilhas ecológicas, passeios durante os quais pode-se passear por regiões pouco exploradas, desfrutar de ar puro e do canto dos pássaros e de uma fauna e flora extremamente ricas.

Há também empresas que oferecem passeios a cavalo, com durações variadas. No percurso, há paradas para descanso e aperto de encilhas, até a chegada a um canto apropriado para um piquenique, à beira de um rio ou ao pé de uma cachoeira. O passeio geralmente é finalizado em uma fazenda, com pausa para jantar ou pernoite. Consulte o site oficial da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul para obter informações sobre as empresas licenciadas: https://www.turismo.rs.gov.br

Há ainda o atrativo dos pesque-pague – na região há o Pesque-pague Camping Recanto dos Pinhais e Pesque-pague Chácara dos Pinhais.

 

Espaço Cultural Ney Azambuja

Espécie de museu, este espaço relembra os tempos remotos de Jaquirana. Possui peças de porcelana antiga, ouro, prata e bronze. Pelo acervo, é possível reconstituir um pouco da história dos fundadores da cidade. Os objetos pertenceram à poeta Ney Azambuja, moradora de Jaquirana.

 

Onde ficar?

Uma boa opção para quem visita a cidade é ficar na Paradouro Princesa dos Campos, na Estrada Princesa do Campo, a 3 km da estrada asfaltada RS 110. À volta da pousada, há uma cascata entremeio à natureza abundante, ideal para passeios ao ar livre e trilhas.

 

Jaquirana é um local ideal para relaxar e recarregar as baterias. Para não perder pitada da nossa série dedicada a Campos de Cima da Serra, é só seguir as nossas redes sociais – estamos no Facebook e no Instagram. Até a nossa próxima!

Roder Cypriano

Mateando

“Se queres ser universal, começa por cantar a tua aldeia”. O conselho é do escritor russo Leon Tolstói e, embora envolva um aparente contrassenso, torna-se facilmente compreensível se levarmos em conta que as nossas origens são algo que diz respeito a todos os seres humanos, sem exceção. De fato, a ligação ao nosso “cantinho primeiro no mundo” resgata relações únicas com a nossa identidade, cultura e valores próprios – uma experiência universal, pois todos viemos de algum lugar ou possuímos uma relação especial com algum local específico.

 

Podemos, então, atualizar a frase de Tolstói para dizer: “se queres ser universal, começa por conhecer a tua aldeia”. É o que propomos numa série de posts que a Mateando irá dedicar a lugares recônditos do Rio Grande do Sul.

 

Exploramos a bela região de Campos de Cima da Serra, uma das riquezas do nosso estado. Faremos uma viagem por algumas das principais cidades que integram a região – Bom Jesus, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Esmeralda, Ipê, Jaquirana, Lagoa Vermelha, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes e Vacaria.

 

No post de hoje, mostramos um pouco da história, das atrações e das belezas de Campos de Cima da Serra. Conheça ainda dicas de visitação para desfrutar do que de melhor a região tem para oferecer.

 

Localização

Comecemos por alguns dados objetos de contextualização geográfica. Campos de Cima da Serra, que também é conhecida como “Campos de Vacaria”, está localizada a 200 km da capital, no extremo nordeste do Rio Grande do Sul, bem ali na divisa com Santa Catarina. A região ocupa uma área total é de 21.033 km² – onde cabem cerca de 42 vezes a cidade de Porto Alegre. Julho é o mês mais frio e janeiro é o mês mais quente, sendo que a temperatura média mensal varia de 11,4ºC a 22,1ºC.

 

As paisagens de Campos de Cima da Serra tornam a região uma das mais belas do estado, ideal para o ecoturismo. Vamos conhecer, a seguir, algumas das cidades que a integram e dicas do que explorar em cada uma dessas localidades.

 

Bom Jesus

Fundada em 1878, a cidade de cerca de 11 mil habitantes possui como pontos turísticos a Cachoeira da Usina e a Rota das Cascatas, perfeitos para quem gosta de natureza e caminhadas ao ar livre com cenários de impacto e beleza.

 

Campestre da Serra 

Neste município de menos de 4 mil habitantes, está localizada a Ponte do Korff, patrimônio histórico do Rio Grande desde 2006. Essa ponte metálica, inaugurada no ano de 1907, foi construída com assoalho de madeira e pilares de pedra, feitos com rebites, ou seja, sem parafusos. A ponte era usada por tropeiros em suas viagens e, portanto, representa um período importante da história local.

 

Esmeralda

Para além das paisagens naturais, o Memorial José Mendes é um dos atrativos da cidade. O museu, localizado em um prédio construído na forma de um violão, foi inaugurado em 2004 e conta a trajetória de José Mendes, cantor, violonista e compositor de música regional gaúcha.

 

Ipê

Hoje Capital Nacional da Agricultura Ecológica, Ipê tem uma história que remonta ao final do século XIX, com a passagem de imigrantes lusos e tropeiros pelo município. Região extremamente rica em cachoeiras, grutas e outras belezas naturais, é ideal para quem gosta de aventuras, rappel, escaladas e passeios ao ar livre.

 

Jaquirana

O Morro do Cristo é um dos atrativos da cidade, sendo o local que serviu de abrigo subterrâneo utilizado pelos revolucionários de 1923. O famoso Passo do S é a travessia do rio Tainhas, com trilha que incluiu um belo jardim de bromélias e outras espécies de plantas.

 

Lagoa Vermelha

Com cerca de 29 mil habitantes, Lagoa Vermelha está situado em uma região privilegiada, com belas paisagens naturais que são palco ideal para caminhadas, trilhas de bicicleta e cavalgadas. O parque da Lagoa, que deu nome ao município, é um dos destaques.

 

Monte Alegre dos Campos

A cada dois anos, o município realiza a Festa Municipal da Uva, de projeção nacional. O Penhasco dos Macacos Brancos um espaço ecológico com ampla área natural, trilhas, quedas d’água, penhascos, fauna e flora típica da região, além de cavernas e grutas.

 

Muitos Capões

Pequeno município que abriga a reserva ecológica de Aracuri-Esmeralda. Com uma área de 277 há, a reserva protege espécies ameaçadas de extinção como o papagaio-charão e a gralha azul e é apresenta uma flora extremamente rica, com espécies típicas da região.

 

Pinhal da Serra

Município rico em belezas naturais, ideal para quem aprecia cascatas e trilhas ecológicas. Destacam-se o Parque Arqueológico e a Usina Hidrelétrica Barra Grande. Anualmente, há campeonatos de tiro de laço que atrem laçadores, apreciadores e visitantes. Em setembro, a cidade se põe em festa para comemorar a Semana Farroupilha.

 

São Francisco de Paula

Ideal para quem deseja curtir a Serra Gaúcha, mas quer fugir da obviedade. A Trilha das Oito Cachoeiras e o Parque das Cascatas são os destaques. Na região central, é possível comprar artigo de couro, especialidade da região.

 

São José dos Ausentes

Conhecida como a cidade mais fria do Rio Grande, nela fica o ponto mais alto do estado, o Pico Monte Negro. Oito cânions, rios e cachoeiras compõem um cenário de grande beleza cênica.

 

Vacaria

Maior produtor nacional de maçã, no município acontece o maior evento tradicionalista da América Latina, o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. As paisagens naturais, espalhadas por fazendas e parques, são destaques da região. Há ainda o Museu Municipal, que apresenta mais de 600 peças representativas da cultura e da tradição da região.

 

Aparados da Serra: os cânions gaúchos

Não à toa conhecida como a “Terra dos Cânions”, a cidade de Cambara do Sul é o ponto de referência para uma extensa cadeia de cerca de 250 km de bordas, com dezenas de cânions que se estendem até Santa Catarina, perfazendo o maior conjunto de formações do gênero de toda a América do Sul.

 

Essas formações recebem o nome de Aparados da Serra e proporcionam ao viajante uma experiência incrível, em meio a um cenário monumental e impactante. Fendas profundas, planícies elevadas, cachoeiras e paredões verticais de até 900 metros, formações de pura rocha basáltica com mais de 100 milhões de anos, tudo recortado pelas águas calmas dos rios: Aparados é de cortar a respiração.

 

Para os amantes da aventura, sugerimos duas trilhas na região, uma fácil e outra mais difícil:

 

Trilha do Vértice: Com baixo grau de dificuldade e cerca de 6 km de extensão (contando ida e volta), esta trilha é perfeita para iniciantes que querem conhecer a região e desfrutar de belas paisagens, mas ainda não têm fôlego para percursos maiores. No caminho, predomina a mata de araucária e há também mirantes em diferentes pontos de observação do cânion. A paisagem é de tirar o fôlego.

 

Trilha do Rio do Boi: Com alto grau de dificuldade, fica a 44 km de Cambará do Sul, dentro no Parque Nacional Aparados da Serra, mais precisamente no Cânion Itaimbezinho. São cerca de 10 km de extensão. A caminhada começa em área plana e às margens do rio e vai ficando mais sinuosa e difícil, com travessias pelas águas. O viajante se imbrica na mata e, em certas alturas, fica rodeado por com paredões rochosos com até 700 metros de altura. O visual incrível compensa todo o esforço.

 

Para percorrer as estradas de chão que ligam os parques de Aparados da Serra, aconselha-se o uso de veículos de terceiros, como os transfers de agências especializadas. Isso por que as estradas são bastante acidentadas e repletas de buracos e não apropriadas para veículos de asfalto.

 

Tradição e história

Além das paisagens incríveis e do solo fértil, Campos de Cima da Serra é uma região com uma história e uma cultura muito ricas. Os primeiros habitantes foram os índios, que deixaram vestígios em casas subterrâneas e em objetos encontrados em escavações. Ainda assim, hoje predomina a cultura dos tropeiros, gaúchos que atravessavam o país comercializando animais e produtos.

 

Em Campos de Cima da Serra, os corredores por onde passavam as tropas de mulas desses viajantes estão sendo transformados em rotas para o turismo. As construções em estilo colonial português, feitas em madeira, e os extensos mangueirões de pedras que cortam campos são testemunhos dessa herança.

 

Na culinária, o viajante desfruta de comidas campeiras, com o pinhão, o charque, a abóbora, a mandioca, o churrasco e sobremesas de origem portuguesa, como o doce de gila.

 

Onde ficar

A hospedagem em Campos de Cima da Serra depende muito da cidade onde o viajante queira assentar pouso. Além dos tradicionais hotéis, há chalés e pousadas dentro de fazendas, onde é possível se sentir em casa, desfrutando de comida caseira e de um chimarrão com pinhão cozido depois de um dia de trilhas.

 

A Pousada do Engenho, em São Francisco de Paula, é especializada no atendimento a casais. Ao todo, oferece 14 cabanas, além de uma casa na árvore com um minirrestaurante, construído sobre uma enorme canela preta, onde apenas um casal é atendido por vez. Há também um spa e passeios e turismo ecológico organizados pelo estabelecimento. 

 

Viajar por Campos de Cima da Serra é conhecer parte da essência do povo rio-grandense e percorrer paisagens únicas e ainda pouco exploradas.  Quem visita sente-se logo em casa e descobre como a simples combinação da natureza e da hospitalidade humana podem tornar uma região inteira tão inesquecível.

 

Bom, por hoje, é tudo, mas a nossa série sobre as belezas rio-grandenses está só começando. Se você procura por algo diferente para uma aventura de fim de semana ou mesmo se vem de longe e quer conhecer regiões ainda pouco exploradas, mas dotadas de uma riqueza cênica e cultural únicas, esta série é para você. Para não querer nada, é só seguir também as nossas redes sociais – estamos no Facebook e no Instagram. Até a próxima!

Roder Cypriano

Mateando