São Joaquim é uma das cidades mais frias do Brasil. A cada ano, as massas de ar polar vindas do Atlântico cobrem os campos de neve e atraem turistas de todos os cantos do país. Em julho de 1957, a cidade testemunhou uma das maiores nevascas já registradas em solo brasileiro, chegando a um acúmulo de quase 1 metro e meio de espessura.

Além da neve, as geadas também são frequentes e durante todo o ano. É que mesmo fora dos meses de inverno (junho, julho e agosto), a temperatura em São Joaquim raramente passa de 24 ºC. No chamado “outono climático”, entre os meses de março e maio, a média gira em torno dos 10 ºC. Por isso, para receber os visitantes, a cidade conta com hotéis e pousadas equipados com lareiras e fogões a lenha.

São Joaquim é ainda um dos grandes produtores de maçã no Brasil, tendo sido reconhecida em 2019 como a “capital nacional da maçã”. Durante a florada e a colheita da fruta, o município promove a tradicional “Festa Nacional da Maçã”, evento que atrai anualmente mais de 50 mil pessoas e reúne atrações como shows musicais, rodeio e gastronomia típica. Outra fruta que grassa com destaque em São Joaquim é a uva. Cepas como Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir são cultivadas em vinícolas joaquinenses, dando origem a alguns dos melhores vinhos finos da região.

Neste que é o nosso último post da série dedicada à Serra Catarinense, visitamos São Joaquim e listamos algumas das principais atrações desta simpática cidade. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre São Joaquim

São Joaquim é uma cidade centenária, fundada oficialmente em 07 de maio de 1887. Antes disso, em meados do século XVIII, encontramos registros dos primeiros habitantes da região – imigrantes paulistas e gaúchos que povoaram o sudoeste do estado de Santa Catarina, formando extensos feudos rurais por aqui.

Com uma população estimada em cerca de 30 mil habitantes, a base da economia joaquinense é, além da maçã, a produção de batata-semente, a pecuária e a extração de madeira. Tem destaque o grande potencial turístico da cidade, que recebe anualmente milhares de visitantes.

Situada a 232 km da capital Florianópolis, São Joaquim que está a mais de 1300 metros acima do nível do mar, o que contribui para o clima ameno que referimos de início.

 

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar São Joaquim.

 

Snow Valley Parque Ecológico

Inspirado nos modelos dos parques nacionais dos Estados Unidos, o Snow Valley foi idealizado pelo americano Edgar Leland Butterfield como um parque ecológico para exploração turística e inaugurado nos anos 70.

Localizado a 10 km de São Joaquim, o Snow Valley Parque Ecológico oferece hospedagem e trilhas entremeio à natureza joaquinense. Além disso, há restaurantes, cabanas rústicas, tirolesa e arvorismo. É um bom lugar para conhecer São Joaquim.

 

Turismo enófilo

O clima frio ou mesmo ameno parece que pede, aliás, suplica por um bom vinho, não é verdade? Então, uma vez visitando São Joaquim, é imperativo experimentar uma garrafa produzida nos terroirs joaquinenses. A vinícola Quinta da Neve (Rod. SJM 270/km 15), fundada há 20 anos, foi a primeira a investir e apostar na produção de vinhos na cidade. Em cerca de 25 hectares de terras, eles cultivam, entre outras, a exigente cepa Pinot Noir.

Villa Francioni Vinhos e Vinhedos é outra vinícola de vinhos finos. Eles oferecem visitas guiadas aos parreirais e à sua vinícola, além de degustação e venda de vinhos.

A Casa do Vinho está entre as 10 melhores distribuidoras de vinhos do país. Nela, é possível experimentar vinhos não só região, mas de todo o Brasil. Eles oferecem o serviço de degustações aos seus clientes em três ambientes especializados. Há atendimento específico para grupos e excursões.

 

Casa da Cultura, Museu de Artes de São Joaquim e Museu Histórico Municipal

Situada no centro de São Joaquim, a Casa da Cultura conta com um acervo de artes plásticas doado pelo colecionador e historiador Joaquim Galéte da Silva. Até final de 2019, estava fechada para reformas.

Já o Museu de Artes de São Joaquim Martinho de Haro, situado na Praça Cesário Amarante, na zona central da cidade, conta com um acervo com obras de artistas locais como Martinho de Haro, Rodrigo de Haro, Tereza Martorano, Yolanda Bathke, Susana Scóss Bianchini, entre outros. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

O Museu Histórico Municipal oferece exposições temáticas que pretendem resgatar a memória do município. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

 

Belvedere

Trata-se de uma escadaria situada no centro da cidade a uma altitude de 1.450 m, de onde se tem uma bela vista de toda a cidade e da sua natureza. É uma pernada, mas a vista – e as fotos – valem a pena! Foi instalado uma espécie de mirante no local.

 

Igreja Matriz de São Joaquim

Localizada no centro, na Praça João Ribeiro, esta igreja é um dos cartões postais de São Joaquim. Monumento histórico, a sua construção teve início em 1918, tendo sido inaugurada em 1935. Ela foi totalmente construída com pedras-basalto, tiradas dos morros adjacentes e transportadas em carros de boi.

No interior, há esculturas de Adão e Eva e, no exterior, de profetas bíblicos.

 

Monumento Manoel Joaquim Pinto

Esta obra do escultor Élson Kiyotaka Outuki retrata o ciclo histórico, econômico e cultural da fundação de São Joaquim pelo bandeirante paulista Manoel Joaquim Pinto.

O monumento está localizado na Praça João Ribeiro, em frente à Prefeitura Municipal.

 

Exponeve

A Exponeve é descrita como “a maior feira de artesanatos da região serrana”. Trata-se de um pavilhão comercial permanente que vende artesanato e produtos da cidade. Está instalado no mesmo local onde é realizado a Festa Nacional da Maçã.

O horário de visitação e de compras é de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h; e aos domingos, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h.

 

Parque Nacional da Maçã

Com 214 mil metros quadrados, o Parque Nacional da Maçã está localizado a 2 km do centro e oferece área para camping e cancha de laço. Em seus pavilhões de exposições, com palco para shows, são realizados vários eventos, como feiras, leilões agropecuários e a famosa Festa Nacional da Maçã, que acontece geralmente em abril.

Inspirado para programar a sua viagem? Conheça a Serra Catarinense e valorize a nossa cultura e as nossas belezas naturais.

E encerramos assim a nossa série dedicada à Serra Catarinense.  Não deixe de conferir os outros destinos desta nossa viagem pelas plagas do nosso estado. Nos últimos posts, percorremos algumas das principais cidades serranas, passando por lugares como Lages, Urupema e Urubici, sempre com dicas imperdíveis de viagem.

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Até o próximo post!

Fonte da imagem de capa: Gazeta do Povo

Roder Cypriano

Mateando

Quem já visitou a Serra Catarinense sabe que as belezas naturais abundam na região e que a competição pelo mais “belo cartão postal do estado” é renhida. Mas Bom Jardim da Serra pode com justiça ser considerado um dos mais fortes competidores nessa contenda – sobretudo se considerarmos a categoria dos “cenários naturais envolvendo cascatas e morros enormes cobertos por uma vegetação praticamente intocada”.

Além disso, a cidade, situada a 230 km de Florianópolis, é considera a “capital das águas”, devido ao grande número de rios que nascem no seu entorno. Ao todo, são 35 cachoeiras e 14 nascentes de rios que desaguam no Rio Pelotas, que também pertence ao município. Uma boa notícia para quem gosta do frio é a possibilidade de ver neve na região durante o período do inverno.

Estes fatos já nos dão bons motivos para visitar a cidade. Mas há muito mais! Por isso, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, no post de hoje, percorremos mais uma bela localidade sulista e listamos algumas das principais atrações bom jardinenses para ajudar você a planejar a sua próxima viagem.

Pronto para mais este destino? Vem com a gente que você vai se surpreender com as riquezas de Bom Jardim da Serra!

 

Um pouco sobre Bom Jardim da Serra

Bom Jardim da Serra tem cerca de 4 mil habitantes, boa parte dos quais descendentes de portugueses, italianos e espanhóis, que até os dias de hoje dedicam ao cultivo da maçã e de batatas. A história do município remonta aos séculos XVIII e XIX, quando começou a ser colonizado por tropeiros e colonizadores de Lages. Por aproximadamente um século, os tropeiros tiveram um papel predominante na vida econômica da região, pois, enfrentando a íngreme serra, esses viajantes levavam charque, sebo, courama e traziam na volta produtos como tecidos, querosene, sal e armas.

Em 1905, foi erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na região. Esse fato marcou a fundação do município. A sua autonomia administrativa, contudo, só foi conquistada em 1967 por meio da Lei n.º 1052. Situada a 1.232 m de altitude acima do nível do mar, a cidade é considerada uma das mais frias do Brasil, com geadas frequentes em todos os meses do ano e neve que pode ocorrer de abril a outubro. Em junho de 2012, foi registrado um recorde de temperatura baixa na região: -9,2° C.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Jardim da Serra.

 

Cânion das Laranjeiras

O Cânion das Laranjeiras está localizado a 12 km do centro de Bom Jardim da Serra e é uns dos cânions mais famosos e visitados da região. Ele está em área privada, na Fazenda Santa Cândida, mas o seu acesso é liberado ao público mediante pagamento de uma taxa de entrada (em torno de R$ 10,00). A visita vale muito a pena pela vista, com fendas profundas e com um recorte natural surpreendente.

A partir da entrada da fazenda, o caminho que leva ao topo do cânion tem uma extensão de cerca de 2,5 km. A caminhada no interior da mata é feita em terreno lamoso e acidentado. Por isso, é recomendo que a visita seja feita com um guia ou em grupos organizados pelas pousadas da região.

Tome nota de dois outros cânions que valem a pena visitar na região: Cânion da Ronda e Cânion do Funil, ambos com cerca de 1500 metros de altitude e vistas incríveis.

 

Morro da Igreja

O Morro da Igreja tem 1.822 metros de altitude, que valem a pena ser percorridos pela vista incrível que se tem do topo. Esta estrutura é também atribuída a Urubici, mas, de acordo com a Secretaria Estadual do Planejamento de Santa Catarina, oficialmente deve ser atribuída a território bom jardinense.

A trilha que leva ao topo do morro pode ser feita a pé, a cavalo, com jipes ou MotoCross. É preciso ir bem agasalhado pois faz bastante frio. Aproveite para tirar fotos da famosa Pedra Furada, um dos cartões postais catarinenses.

 

Cascata Salto do Pelotas

A Cascata Salto do Pelotas Grande é um conjunto de quedas de água situado a 8 km do centro de Bom Jardim da Serra, às margens da SC-438. Águas puras e cristalinas garantem um passeio relaxante. Para chegar, percorre-se uma trilha leve, que dura cerca de 10 minutos. No verão, há mais volume de água e piscinas naturais.

Por estar também localizada em uma área privada, recomenda-se que a visita à cascata seja acompanhada por um guia ou com os grupos organizados nas pousadas.

 

 Serra do Rio do Rastro

A Serra do Rio Rastro está localizada a 11 km do centro de Bom Jardim da Serra e conta com um mirante a 1400 metros de altura. Dele, tem-se uma espetacular de toda a planície litorânea de Santa Catarina. É possível avistar alguns municípios e, nos dias de sol e de boa visibilidade, até o mar.

No mirante, há um grande estacionamento e alguns estabelecimentos, como lanchonetes e cafés. Nas proximidades desse mirante, está localizada a primeira estação catarinense de energia eólica (aquela produzida pela ação do vento). Chamam a atenção os enormes cata-ventos de três hélices a 50 m de altura.

 

Turismo rural

Já vários hotéis-fazenda e pousadas da região equipados para o turismo rural. Eles oferecem inúmeras atividades ao ar livre, como pesca, trilhas e caminhadas ecológicas, passeios de barco, observação de pássaros, banhos de cachoeira e cavalgadas, além de boa comida típica e música tradicional ao redor de um fogo de chão.

Devido à abundância de rios, há inúmeras oportunidade para a pesca, especialmente da truta. A temporada “pesque e solte” vai de junho até o final de agosto de cada ano.

Para uma lista de hotéis-fazenda e pousadas em Bom Jardim da Serra, consulte aqui.

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Até o próximo post!

Roder Cypriano 

Mateando 

Com o perdão do trocadilho, Bom Retiro é uma cidade boa para… um bom retiro. É que, de fato, a localidade faz jus ao seu nome: é um destino ideal para quem deseja relaxar e fazer uma pausa de descanso entremeio a natureza. Aliados a um povo hospitaleiro, montanhas, matas inexploradascachoeiras, planaltos, campos, grutas e morros fazem desta uma cidade muito especial na Serra Catarinense. 

Porta de entrada da região serranaBom Retiro está entre as cidades que formam o Caminho das Neves, localizada a uma altitude que chega aos 1800 metros. A temperatura média anual é de 15 ºC e há ocorrência frequente de geadas, sobretudo nos meses de junho, julho e agosto. Com os vinhos da região, o cenário é ideal para quem gosta de curtir um friozinho 

Dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinenseno post de hoje, percorremos mais uma bela localidade listamos algumas das principais atrações de Bom Retiro para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente! 

 

Um pouco sobre Bom Retiro 

história de Bom Retiro começou no final do século XVIII, quando o alferes Antônio Marques de Arzão recebeu a missão de abrir uma estrada que ligasse São José, no litoral, a Lages, no planalto catarinense. Durante a execução dessa tarefa, ele descobriu as terras que viriam a ser Bom Retiro.  

Com cerca de 10 mil habitantes, a cidade hoje tem na agropecuária o seu forte. Além disso, é a maior produtora de cebola da região do Planalto e a sua maçã-gala é famosa em todo país.  

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Retiro. 

 

Campo dos Padres  

O Campo dos Padres é um domaiores morros de Santa Catarina – mais precisamente, com 1798 metros, ele é o terceiro em elevação, ficando atrás do Morro do Chapéu, com 1823,49m, e do Morro da Boa Vista, com 1827m. Fazendo divisa com os municípios de Bom Retiro, Urubici e Anitápolis, esta elevação deve seu nome a uma alusão aos padres jesuítas que vinham das missões e refugiaram-se nos campos da serra catarinense 

Para chegar ao Campo dos Padres, o trajeto é de difícil acesso, mas o cenário compensa o esforço. É preciso estar bem preparado fisicamente, usar calçado e vestuário adequado e levar alimentação adequada e água. Além disso, recomenda-se a contratação de um guia de turismo. 

 

Morro do Costão do Frade 

O Costão do Frade é uma pedra que lembra esse nome porque a sua forma lembra a silhueta de um frade jesuíta. No seu pico, a uma altura de 1.422 metros, é possível avistar o Alto do Vale do Itajaí de um lado e a Serra Catarinense de outro. A passagem de estreito caminho com dois precipícios de cada lado é de tirar o fôlego.  

A dificuldade da trilha é de moderada a difícil e, por isso, indicada para pessoas com bom condicionamento físico. Faz bastante frio. Novamente, é indicada a companhia de um guia de turismo.  

 

Cachoeira do Barbaquá 

Esta cachoeira dista cerca de 18 km do centro da cidade de Bom Retiro e 80 metros de uma estrada principal. No trajeto, é possível apreciar paisagens e montanhas belíssimas. O terreno pode ser percorrido pelos amantes do ciclismo. 

Além de aproveitar um banho de cachoeira com água cristalina, é possível fazer um belo piquenique nas proximidades e recarregar as energias para voltar à pedalada. 

 

Turismo rural e turismo enófilo 

O turismo rural é forte na região de Bom Retiro. É possível hospedar-se em um hotel-fazenda ou uma pousada rural e aproveitar inúmeras atividades ao ar livre, desde as mais tradicionais, como cavalgadas e caminhadas ao ar livre, até esportes radicais, como rapel, parapente e trekking. Para uma lista de hotéis e pousadas na cidade, consulte aqui. 

Bom Retiro também está inserido na chamada Rota dos Vinhose é um bom local para apreciar vinhos produzidos na região. Destacam-se as vinícolas Thera e Di BurattoOs roteiros à disposição do turista incluem trilhas por estradas onde se produzem vinhos, pousadas e apreciação de vinhos nas próprias vinícolas. 

 

Museu da Memória dos Imigrantes Alemães 

Além das belezas naturais, Bom Retiro também é cultura. No Museu da Memória dos Imigrantes Alemães, é possível ver registros (móveis, fotos, livros, documentos e outros objetos históricos) dos imigrantes alemães que se fixaram na região. Fundado em 2004o museu está instalado em uma antiga casa germânica ao lado de uma Igreja Adventista que é a terceira mais antiga do Brasil.  

O horário de funcionamento é das 08h às 12h e das 14h às 18h, de domingo a domingo. O telefone é o (49) 99142-9517. 

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Até o próximo post! 

*Fonte da Imagem de capa: Dario Lins

Roder Cypriano 

Mateando 

Situada a 180 km de Florianópolis, a cidade de Rio Rufino é conhecida como a “capital nacional do vime”, destacando-se pela farta produção de cestaria e móveis nesse material.

Além disso, com pouco menos de 2.500 habitantes, este pacato e hospitaleiro município é perfeito para descanso e para o turismo ecológico. São mais de 50 quedas d’água e cachoeiras que medem entre 30 a 100 metros de altura. A mata de araucária, com espécies nativas como a bracatinga, a canela e o xaxim, complementam um belo cenário natural.

Dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, no post de hoje, percorremos mais um pedacinho deste nosso Brasil e listamos algumas das principais atrações rio-rufinenses para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre Rio Rufino

O nome desta cidade é uma referência ao agricultor Rufino Pereira dos Santos (1834-1905), que, pioneiro na região, foi o primeiro a plantar milho e feijão nestas terras. Em 29 de dezembro de 1957, foi criado o distrito de Rio Rufino, cuja emancipação político-administrativa ocorreu em 12 de dezembro de 1991.

Atualmente, a cidade mantém uma economia baseada na agricultura familiar, com o cultivo de feijão e milho e a criação de gado de corte e leite. O vime ganhou destaque nos últimos anos. O vimeiro, árvore originária da Europa Central e Ásia, encontrou na Serra Catarinense condições ideais de desenvolvimento devido a uma combinação de fatores: altitude (Rio Rufino está a mais 850 m acima do nível do mar), temperatura amena (média de 16 ºC) e abundância de água.

Isso fez com que os vimeiros nativos ultrapassassem o triplo do tamanho convencional, chegando aos dez metros de altura. Atualmente, juntamente com cidades como Bom Retiro, Bocaina do Sul, Urubici e Palmeira, Rio Rufino é responsável por 90% da produção nacional de vime.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Rui Rufino.

 

Vale das Cachoeiras

Conforme já referimos, nas proximidades de Rui Rufino, existem mais de 50 cachoeiras, quedas d’água e cascatas com altitudes que variam dos 30 aos 100 metros de queda livre.

As distâncias da sede do município também variam – de 5 a 20 km.  A Cascata Alto da Serra, por exemplo, apresenta mais de 70 metros de altura e está localizada a 12 km do centro rio-rufinense. A apenas 5 km da cidade, o turista encontra o Vale das Cachoeiras, com uma sucessão de cachoeiras no alto da serra. Outras cascatas dignas de nota são a Cascata do Rio do Tigre (a 10 km da sede) e a Cascata da Fábrica (a 5 km da sede). Para visitar esses locais, recomenda-se contatar um guia.  Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (49) 3279-0000 ou (49) 3279-0119.

O Poço da Pedra Furada é outra atração importante, sendo um bom lugar para fazer piquenique ou acampar com a família e amigos e desfrutar de um banho de rio em meio à natureza.

Para informações sobre pousadas e restaurantes em Rui Rufino, consulte a Plataforma Na Serra Catarinense.

 

Morro do Campo Novo

Localizado a 15 km do centro de Rio Rufino, entre Urupema e Rio Rufino, o Morro do Campo Novo tem 1.700 metros de altura, o que faz dele um dos pontos mais altos do estado de Santa Catarina – e mais frios também.

O cume do morro tem formato quase plano, com 1 km de comprimento por 500 metros de largura. De cima, é possível observar a bela natureza de toda a região. O acesso se dá por uma estrada de saibro e cascalho que leva até o topo. Há mirantes onde é possível estacionar o carro e percorrer o restante da trilha a pé.

 

Central das Cestas

Vale a pena visitar a Central das Cestas, fundada em 1995 e localizada no centro da cidade rio-rufinenses. O local se tornou a maior fábrica de cestas de vime do Brasil, com produção anual de 660 mil unidades, todas feitas artesanalmente. Ali, é possível observar todo o processo de desenvolvimento do artesanato local.

Anualmente, também acontece na cidade de Rui Rufino a Festa Nacional de Vime, com exposição e venda de artigos de vime produzidos na região, além de eventos musicais e gastronomia típica catarinense.

 

Casa dos Anjos

Localizada no centro da cidade (R. José Ozelame, número 63) e toda construída com rochas rústicas e tijolos, esta casa foi inaugura em 1980.

O seu idealizador é o senhor Daniel Ghizoni de Andrade, segundo quem a casa é a “moldura do lar do silêncio” (“Nirav”, em sânscrito) e um tributo aos anjos mensageiros. No local, há um zodíaco maia e inúmeras pinturas e esculturas. A Casa dos Anjos funciona, portanto, como um pequeno museu. Para visitas, é preciso agendar previamente no local.

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*Imagem de capa ilustrativa

Roder Cypriano

Mateando

Urupema está localizada a altitude média de 1.425 metros, a mais alta para uma cidade catarinense, sendo considerada a cidade mais fria do Brasil. Aqui, a temperatura média é de apenas 13 ºC, podendo chegar a 14 ºC negativos na relva, especialmente nos meses de junho, julho e agosto. Na rota do turismo da Serra Catarinense, a cidade se destaca também pela natureza exuberante e por ser uma das poucas do mundo inteiro a cultivar a sensível truta da espécie arco-íris em um riacho bem no centro da cidade. 

Com uma gastronomia rica em pratos de truta e com um povo que soube manter vivas as tradições das lides campeiras, Urupema é um destino ideal para quem quer aproveitar as belezas naturais e fugir da mesmice. Neste post, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, compilamos as melhores dicas do que fazer em meio ao frio urupemense. Continue a leitura e prepare o seu roteiro!

 

Um pouco sobre Urupema

Urupema tem uma população estimada em cerca de 2.500 habitantes e está localizada a 206 km da capital Florianópolis. O nome da cidade vem da língua indígena Tupi e alude a uma peneira de fibras vegetais usada na pesca e também nas lides domésticas para peneirar diversos tipos de farinha.

Apesar do frio que faz na região, os pioneiros desta cidade catarinense foram atraídos pela abundância da vegetação araucária.

 

Morro das Torres

O Morro das Torres é o ponto mais alto de Urupema – são mais de 1700 metros acima do nível do mar! O local é de fácil acesso, sendo um dos melhores pontos de todo o Brasil para apreciar a queda de neve.

O acidente geográfico deste morro e as características climáticas da cidade fazem deste um local único – nele, o nevoeiro congelante, conhecido pelos geógrafos como “sincelo”, acontece com frequência. Além disso, chuva granulada, chuva congelada e neve ocorrem simultaneamente.  Para quem aguenta bem o frio, as vistas são de tirar o fôlego.

 

Cachoeira que Congela

Uma boa amostra de quão fria é esta cidade da Serra Catarinense é esta cachoeira, localizada perto do Morro das Torres. Trata-se de uma pequena cascata (com 55 metros) que costuma ficar completamente congelada nos dias mais frios do inverno urupemense.

Esse fenômeno espetacular, que atrai inúmeros turistas, acontece porque a queda de água localiza-se em um enclave, uma pequena reentrância que fica totalmente sombreada durante o dia, o que permite que o ar frio do Morro das Torres abaixe a temperatura a ponto de congelar a água.

 

Trutas no rio Caronas

No centro de Urupema, no seio do rio Caronas, é cultivada uma espécie delicada de truta que, embora seja uma das mais famosas e procuradas em todo o mundo, é extremamente sensível à poluição. É possível observar esta truta em pleno dia e, além disso, deliciar-se com pratos à base dela em restaurantes da cidade.

 

Cavalgada Rota Santana

Para quem gosta de aventura, esta é a atividade ideal em Urupema.

Ofertada desde 2005 por uma parceria entre a Secretaria de Turismo e a Fazenda do Barreiro (SC 438, km 43), a cavalgada é feita no lombo de um cavalo durante dois dias, passando por inúmeras fazendas em diferentes localidades da região. Para agendar a atividade, entre em contato com a Secretaria de Turismo nos telefones (49) 3236-1226 e (49) 3236-1195.

 

Taipa

“Taipa” é o nome que recebem os muros feitos de pedras basálticas, encaixadas firmemente umas às outras, que desempenham diversas funções: demarcar as propriedades, confinar o gado ou mesmo indicar caminhos. Algumas dessas construções, encontrados por toda a Serra Catarinense, são centenários, tendo resistido heroicamente ao tempo.

Em Urupema, a concentração desses muros é muito maior, o que torna as taipas mais emblemáticas, espécie de testemunho vivo da engenhosidade do serrano e da cultura da região. Repare nas construções durante o percurso leva à cidade.

 

Ecoturismo rural

O Hotel Fazenda Serra do Panelão oferece ao visitante a experiência do ecoturismo em Urupema. Com atividades variadas, como caminhadas, cavalgadas e pescarias, é possível aproveitar o que de melhor a natureza tem a oferecer. Na prática do montanhismo, em dias de bom tempo, é possível ver a olho nu o Morro das Torres, localizado a mais de 1.300 metros no município de Urupema, assim como o Morro Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro.

O hotel serve a gastronomia local, com pratos típicos catarinenses e conta também com piscina térmica e cabanas.

Por hoje é tudo, mas esta é apenas a nossa segunda paragem na Serra Catarinense. Para acompanhar todos os nossos próximos destinos, siga as nossas redes sociais – curta agora mesmo a nossa página no Facebook e no Instagram. Até o próximo post!

Fonte da foto de capa: Felipe Vieira

Roder Cypriano

Mateando

Região mais fria do Brasil, conhecida como a Sibéria tupiniquim, este é o único lugar do nosso país onde é quase certo encontrar neve durante o inverno. Ano a ano, o verde-amarelo das araucárias, o relevo dos cânions e os musgos sobre os muros de pedra cobrem-se de branco. Nesse cenário monocromático, as águas das cachoeiras congelam, e nos interiores das casas saboreia-se um bom vinho, cujas uvas foram plantadas, colhidas e fermentadas logo ali, num terroir das proximidades.

Falamos da Serra Catarinense, uma região que, apesar de abrigar algumas das belezas naturais mais incríveis que podem ser contempladas neste país, na verdade é mais conhecida pelos estrangeiros do que nós próprios, brasileiros. Num movimento de valorização das nossas riquezas, o Mateando dá hoje início a mais uma série dedicada ao nosso Sul!

 

À semelhança do que já fizemos para a região do Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, exploramos o que de melhor a região catarinense tem para oferecer ao turista e, para cada parada, apresentamos uma espécie de roteiro para aquilo que o viajante não pode deixar de visitar.

 

Abrindo os trabalhos, no post de hoje traçamos um voo panorâmico pelas belezas naturais, pela gastronomia, pela cultura e por algumas das principais localidades da Serra Catarinense que abordaremos ao longo de toda a série. Preparado? Então, vem com gente!

 

As espetaculares paisagens da Serra Catarinense

Sem dúvida, um dos maiores atrativos da Serra Catarinense, que tornam a região tão especial, são as paisagens naturais de tirar o fôlego. Cânions com mais de 1.500 metros de altura, florestas de araucárias, cachoeiras, colinas, rios, vales, fazendas, estradas sinuosas, trilhas pouco exploradas e campos verdinhos que se espraiam até se perderem no horizonte… Com tanta diversidade, não é à toa que afirmamos que percorrer estas bandas é deparar-se com alguns dos cenários naturais mais belos e ricos que o Brasil tem para oferecer. 

 

A Serra Catarinense está localizada nas mesorregiões do Oeste e parte do Norte Catarinenses, a cerca de 100 km do litoral e a menos de 200 km da capital Florianópolis – aliás, diz-se que, nos dias de céu de brigadeiro, é possível avistar o litoral a dezenas de quilômetros do alto de um cânion. São 19 os municípios que integram a região, estendendo-se por uma área de mais de 16. 000 km², o que equivale a 17% de toda a extensão do estado de Santa Catarina.

 

Cerca de 80% desse território está localizado acima dos 300 m de altitude e 52% acima de 600 m. É nesta região que se localiza o ponto mais alto do estado, o Morro da Boa Vista. Situado entre os municípios de Urubici e Bom Retiro, esse cânion chega aos 1.827 m de altura em relação ao nível do mar. Ligeiramente mais baixo, o Morro da Igreja, localizado em Urubici, figura em segundo lugar com 1.822 e é considerado o ponto habitado mais alto da região Sul do Brasil.

 

A Sibéria brasileira

A Serra Catarinense é, tradicionalmente, tida como um destino de inverno. Com seu clima de altitude, o frio é forte, podendo atingir os 15ºC negativos, e, ainda que por poucos dias, torna as geadas e a neve fenômenos corriqueiros. No já referido Morro da Igreja, foi registrada a menor temperatura de todo o Brasil: os incríveis 17,8°C negativos.

A pequena cidade de São Joaquim é destaque nesse turismo gélido. Com 24 mil habitantes, ela virou sinônimo de neve. Ano a ano, as câmeras de televisão do país voltam-se para a localidade assim que as temperaturas caem, pois este é um dos primeiros destinos da Serra onde neva. Com mais frequência, o fenômeno acontece no inverno, entre os meses de junho e setembro, mas pode ocorrer também no outono e no início da primavera.

Com esse toque especial na paisagem, que faz a alegria de turistas de todas as querências, é possível apreciar o conforto e o aconchego de uma pousada ou de um resort especialmente equipado para enfrentar o frio. Festa do Pinhão, bonecos de neve, passeios, voos de balão, cavalgadas, ensaios fotográficos ou apenas apreciar um bom vinho em frente à lareira – há muito que fazer por estas bandas no inverno.

 

Para relaxar e recarregar as energias

A Serra Catarinense abriga os primeiros hotéis-fazenda e pousadas rurais do Brasil, tendo sido pioneira no turismo rural. Atualmente, há uma farta oferta desse tipo de estabelecimentos e de estâncias, que proporcionam ao viajante todo o conforto e aconchego, além de atividades e de toda uma infraestrutura de lazer.

 

Por exemplo, quem não quer começar o dia com uma cavalgada ao ar livre, respirando o ar puro de uma região montanhosa? Ou relaxar em um dia de pescaria, finalizado com uma deliciosa comida caseira, com gostinho dos sabores do campo?

 

Aventure-se no paraíso do ecoturismo

Para além do turismo rural, a Serra Catarinense é um destino ideal para os amantes do ecoturismo. Rapel, trekking, canyoning, mountain bike, tirolesa, balonismo, entre outras atividades, como a pesca esportiva da truta, estão entre as opções disponíveis para o viajante aventureiro.

 

Há roteiros de aventuras radicais especialmente pensados para o público destemido – pedaladas em terrenos íngremes, travessias por cabo de aço a uns quantos metros de altura, caminhadas pelas bordas de cânions gigantes, descidas frenéticas em cachoeiras… Os Cânions da Ronda, do Funil e das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra, e do Espraiado, estão entre os principais destinos.

 

Turismo enófilo e gastronomia regional

A Serra Catarinense é conhecida como um novíssimo e promissor mundo – de fato, alguns dos melhores vinhos nacionais são produzidos aqui. Então, para os amantes do vinho este passou a ser um destino obrigatório.

 

Santa Catarina é o terceiro maior produtor de uvas do Brasil e vem ganhando território no turismo especificamente voltado para os vinhos, com suas chamadas “vinícolas-butique” – empreendimentos elegantes (pequenos ou médios), voltados à produção de vinhos finos e espumantes de qualidade, servidos em pousadas charmosas.

 

Atraindo milhares de turistas todos os anos, a Rota dos Vinhos Finos de Altitude é um caminho composto por 22 vinícolas abertas à visitação – e degustação, claro. Percorrendo nove cidades catarinenses (São Joaquim, Água Doce, Videira, Campo Belo do Sul, Urupema, Urubici, Bom Retiro, Rancho Queimado e Treze Tílias), o visitante conhece a região de um modo único e tem contato com produtores juntos são responsáveis por mais de 1,5 milhão de garrafas por ano. Uma das alturas ideias para fazer o trajeto é em março, durante a vindima, período de colheita da uva.

 

Além disso, a gastronomia regional e campeira surpreende o visitante, com receitas de dar água na boca. Tudo servido com muita fartura e sabor, destacam-se os pratos à base de pinhão, truta e carne de gado. Além disso, há fondues, entreveros, sopas e caldos para todos os gostos. O ragu, doce típico da região, e o queijo serrano são também imperdíveis.

 

Nosso roteiro

Ao longo da nossa série, percorreremos sete das 19 cidades da região da Serra Catarinense: Lages, Urupema, Urubici, Rio Rufino, São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Bom Retiro.

 

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Roder Cypriano

Mateando