A tábua de cortar é uma companheira indispensável para todo churrasqueiro ou cozinheiro que se preze! Nas casas pelo Brasil afora, ela serve como base de preparação dos alimentos, seja para cortar, temperar e rechear carnes e peixes, cotar legumes ou montar um sanduíche. 

Trata-se de um utensílio muito antigo. Em sua forma mais rudimentar no passado, as pessoas usavam um pedaço de tronco de árvore com a superfície cortada na altura de uma mesa – era aí que se cortavam a carne e os demais alimentos. Uma alternativa era usar uma mesa com tampo de madeira ou uma pedra lisa.

Com o tempo, essas superfícies para o corte foram ganhando um formato portátil e se especializando. Atualmente, temos a tábua do pão, a tábua da carne, a tábua dos queijos etc., que são acompanhadas também por facas especializadas. Em relação aos materiais, as tábuas mais comuns podem ser de vidro, de plástico e de carne. A tábua de vidro, sendo uma superfície mais dura do que o aço, apresenta a desvantagem de fazer com que a faca perca o fio muito mais rapidamente. Além disso, ela é escorregadia e muita gente se irrita com o barulho produzido nela durante o corte. Já as tábuas de madeira são biodegradáveis e maciais, absorvendo o impacto do corte e não desgastando as facas.

Além disso, ao contrário do que muita gente pensa, esse tipo de superfície é mais higiênico do que o plástico. Uma pesquisa feita pela Universidade de California Davis, nos Estados Unidos, mostrou que as bactérias que penetram as tábuas de plásticos – por meio dos buracos feitos pelas facas – são mais difíceis de serem removidas durante a lavagem.  Já a madeira absorve a água, secando mais rapidamente, o que gera menor chances de sobrevivência para as bactérias. Ela conta ainda com agentes naturais antibióticos, que atacam o crescimento bacteriano.

Mas para potencializar o tempo de vida útil desse utensílio tão indispensável nas nossas cozinhas alguns cuidados são necessários. Quer saber quais? Então, vem com a gente porque neste post te contamos tudo o que você precisar sobre a manutenção da sua tábua!

 

#1 Primeiro uso

É importante selar a madeira antes do primeiro uso. Isso porque a superfície “crua” pode absorver o líquido das carnes e legumes começar a apodrecer.

Par selar a tábua, você vai precisar de óleo de cozinha e papel toalha. Despeje uma quantidade generosa de óleo em cima da madeira e, com a ajuda do papel toalha, espalhe bem o líquido por toda a superfície da tábua, dos dois lados. Deixe secar por 24 horas. No dia seguinte, retire o excesso de óleo que houver com papel toalha. Esse procedimento criará uma camada impermeável, essencial para evitar a penetração de líquidos. Pronto, a tábua está pronta para uso!

Você pode também usar óleo mineral, facilmente encontrado em farmácias e barato. Nesse caso, besunte a tábua nova seguidas vezes, quantas vezes forem necessárias até ela ficar com uma cor homogênea. Faça intervalos entre as camadas e, após a absorção da última camada, retire o excesso com o papel toalha ou um pano seco e limpo.

Atenção! Nunca use verniz na sua tábua. O verniz tem componentes tóxicos. À medida que a faca entra em contato com a madeira envernizada, pequenas lascas de verniz podem se soltar e acabar sendo incorporadas à comida. A ingestão de um material tóxico é obviamente nociva ao nosso organismo.

 

#2 Manutenção

Mensalmente, você deve fazer uma manutenção à sua tábua de corte. Isso evita que a tábua fique fosca, demore para secar depois de ser lavada e perca a impermeabilidade de que falamos a propósito da selagem.

Em vez de óleo de cozinha ou óleo mineral, uma alternativa é usar cera de abelha ou óleo tungue, encontrados em lojas especializadas. Esses produtos ajudam a manter a tábua impermeável e diminuem a passagem de sabor e de aroma da madeira para o nosso alimento.

 

#3 Muito importante: lavagem

Higiene na cozinha é fundamental e com a tábua de madeira os cuidados devem ser redobrados. Como lavar essa superfície da melhor forma? Note que sabão e detergente são produtos químicos que removem a gordura com facilidade, mas podem ser agressivos a certos tipos de madeira. Então, caso a tábua não tenha sido usada para alimentos com odores fortes, o melhor é enxaguá-la na água fria, sem esponja mesmo. A água quente deve ser usada somente quando a gordura foi daquelas insistentes, pois ela retira a camada impermeável, tornando a manutenção mais frequente.

Se a superfície estiver muito suja, vale apostar no sabão e na esponja. Tente evitar usar o lado áspero dela e tenha em mente que, se fizer isso, também será preciso reforçar a manutenção com óleo depois de a tábua secar. É importante também fazer uma limpeza mais profunda de vez em quando.

Para isso, você pode usar limão ou vinagre ou uma solução com água sanitária, que mata os micro-organismos impregnados na superfície de uma forma mais eficaz. Misture 1 colher de chá de água sanitária e 950 ml de água em uma garrafa spray. Feche, aperte e chacoalhe bem para misturar o produto. Borrife a mistura na madeira e deixe descansar por 10 minutos ou mais. Depois enxágue muito bem, com muita água corrente. Esse procedimento é especialmente importante na tábua de carne e aves cruas.

Se a tábua apresenta um cheiro forte, uma dica para a desodorização é jogar pitadas de sal quando ela estiver ainda molhada. O sal absorve a umidade nas rachaduras e incisões e elimina as bactérias entranhadas na madeira. 

Última coisa propósito desta terceira dica: não lave a tábua em máquina de lavar.

 

#4 Secagem

Depois de lavar a sua tábua, é preciso que deixá-la secar antes de usar novamente. Saiba que secar esse material ao sol pode criar rachaduras na madeira – isso é ruim porque aumenta a chance de que bactérias e microrganismos se instalem nesses espaços.

Então, o ideal é deixar esse utensílio secar em local bem ventilados e à sombra. A madeira deve estar bem seca, caso contrário ela pode embolorar e, com isso, até mesmo causar problemas de saúde. Guarde-a em um local seco e arejado.

 

#5 Lixar

Você pode lixar a tábua de madeira usando folhas de lixa grão 120 a 220, dependendo da densidade do material. Quando a superfície estiver lisa, tire o pó com papel tolha. Não é necessário lavar, pois a próxima etapa será selar o material – é só repetir os procedimentos da nossa primeira dica.

Gostou das dicas? Por falar em tábuas de corte, a Mateando tem uma seleção de faca em modelos com corte  para churrasqueiro nenhum botar defeito! Vem espreitar as opções aqui. Por hoje é tudo. Para acompanhar os próximos destinos, siga as nossas redes sociais: clique aqui para curtir a nossa página no Facebook e no Instagram.

Até o próximo post!

 

Roder Cypriano

Mateando

A formação da cultura sulista, mais precisamente a do Rio Grande do Sul, se inicia com os povoadores do território – índios, espanhóis, portugueses e também brasileiros de outras regiões. Dessa mistura de povos e proveniências, é que se produziu a figura do gaúcho, que foi aos poucos sendo transformado em um personagem cultural que sustenta o imaginário do Rio Grande.

Desde as suas origens, o gaúcho é um caçador de gados que se alimenta, basicamente, da carne de animais abatidos. Por isso, leva sempre uma faca, com a qual prepara a sua comida e remove o couro dos animais. Talvez por isso a faca seja um objeto tão simbólico e importante para a cultura gaúcha, assim como a bombacha, o lenço ou as alpargatas, sendo mesmo valorizada como um objeto de arte.

Mas para ser usada como um utensílio na alimentação ou na preparação de alimentos, alguns cuidados com esse objeto são necessários para manter a eficiência do corte. Pensando nisso, neste post reunimos o que de mais importante você precisa saber para cuidar e afiar bem a sua faca. Boa leitura!

 

Quais os cuidados necessários para manter a faca bem conservada?

Para manter a conservação das facas em dia, principalmente as de churrasco, três ações básicas são necessárias: limpeza, secagem e armazenagem em local apropriado e seco.

Depois do uso, as facas ficam logicamente sujas e engorduradas. Sendo assim, é necessário lavá-las bem – para isso, use uma esponja, água e detergente. Agora, se estiver muito engordurada – por exemplo, devido ao uso no churrasco –, repita o processo de lavagem pelo menos duas vezes e use água bem quente. Dê especial atenção àquele espaço entre o cabo e a lâmina, porque aí podem ficar acumulados restos de carne e gordura, o que pode levar à formação de uma crosta escura e pouco higiênica.

Depois dessa boa limpeza, basta secar bem a peça e guardá-la. Se estamos falando de uma faca de qualidade, nada de deixar o objeto jogado em qualquer lugar, até por razões de segurança. O ideal é colocar a faca dentro da bainha de modo a preservá-la das ações do tempo e pendurá-la em local seguro, longe de crianças.

 

Como afiar a faca?

Afiar a faca é outra tarefa que deve ser bem executada para que o objeto não perca o fio. Uma faca bem afiada deve cortar em dois movimentos: um de ida e outro de volta. Existem várias técnicas para obter esse resultado. Veja a seguir uma seleção das principais com base em quatro materiais: chaira, lima, pedra e lixa.

 

#1 Com a chaira

A chaira é um afiador de grande qualidade. Ela não retira material da lâmina, apenas endireita a faca para deixar o fio afiado. Usadas para diferentes tipos de facas, existem três tipos diferentes: a lisa, a estriada e a diamantada.

A faca para cortes de carne com osso é mais bem afiada com a chaira estriada. Já para carnes sem osso, a chaira lisa é suficiente. Por resultar em um corte ainda mais afiado, o modelo diamantado costuma ser usado apenas por profissionais, como açougueiros.

Para afiar uma faca usando uma chaira, siga o passo a passo:

1.º Segure a chaira verticalmente, de preferência sobre uma superfície antiderrapante e fixa.

2.º Posicione a faca num ângulo de 20º, com a sua ponta virada para baixo.

3.º Segure a faca num ângulo reto em relação à chaira e, em seguida, reduza esse ângulo pela metade (45º).

4.º Mova a lâmina alternadamente para a esquerda e direita, do punho até a ponta, repetidas vezes. Experimente o corte para verificar se a lâmina ficou de fato bem afiada. Pronto!

 

#2 Com a lima

Outra boa maneira para afiar superfícies metálicas em geral é usando uma lima. Vejamos o passo a passo:

1.º Apoie a faca numa superfície fixa.

2.º Deslize a lima por toda a lâmina da faca do punho até a ponta, repetidas vezes.

3.º Repita o mesmo processo do outro lado da lâmina. Experimente o corte para verificar se a lâmina ficou de fato bem afiada.

 

#3 Com uma pedra

A técnica de afiar faca na pedra é outra das mais usadas para quem precisa manter as facas afiadas para um bom corte. Vejamos o passo a passo.

1.º Molhe a pedra por uns 5 minutos ou mergulhe-a em um recipiente com água pelo mesmo período de tempo.

2.º Coloque a pedra numa superfície plana e segura.

3.º Deslize a faca no lado menos poroso da pedra, formando um ângulo de aproximadamente 30 graus;

4.º Repita o mesmo movimento dos dois lados da faca.  Testa para verificar se o corte ficou adequado.

 

#4 Com uma lixa

Note que a lixa costuma ser usada na finalização depois de afiar a faca na pedra. Contudo, caso você não tenha mais nada para afiar, somente a lixa, o corte não será tão bom, mas dá para “quebrar um galho”. Para isso:

1.ª Coloque a lixa acima de uma superfície plana e fixa.

2.º Desliza a faca pela lixa nos dois lados, várias vezes, até obter um bom corte.

 

Cuidados especiais

– Em todos processos – com a chaira, a lima, a pedra ou a lixa – não tenha pressa e repita o movimento quantas vezes necessário. Também não aplique muita força para não danificar a faca e, o que é pior, correr o risco de se machucar. Só assim você irá atingir o ponto ideal, com o fio o mais “reto” e cortante possível.

– Uma boa forma de testar o corte é deslizar a faca numa folha de papel – se cortou, é porque o fio está bom.

Por falar em facas, a Mateando tem uma seleção delas em modelos com corte  para churrasqueiro nenhum botar defeito! Vem espreitar as opções aqui.

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Até o próximo post!

Roder Cypriano

Mateando

Servir e tomar um mate já foram descritos como gestos de hospitalidade e amor, símbolos do que é bom e elevado na alma humana. Mas desfrutar dessa experiência da melhor forma possível exige alguns cuidados – não só na escolha de uma boa erva e no aquecimento da água até a temperatura certa, mas também no que diz respeito à “cura” ou ao “curtimento” da cuia.

Trata-se de um procedimento básico antes de matear pela primeira vez, que consiste na preparação da cuia de modo a selar os poros do material e a evitar que o sabor da infusão mude ou mesmo que o processo danifique o recipiente. O passo a passo está relacionado ao próprio tipo de material usado na fabricação de uma cuia.

As cuias mais comuns são feitas de porongo, uma planta trepadeira com folhas grandes e aparência exuberante. Esse material é extremamente poroso e de baixa densidade. Como vem cru, se não é feita a cura, o recipiente pode mofar mais facilmente, além de reter mais umidade. O objeto, assim, acaba não durando tanto quanto poderia durar.

Por isso, no post de hoje, reunimos as melhores técnicas e dicas para curtir a sua cuia. Você só vai precisar fazer isso uma vez antes de usar sua cuia nova. Vem com a gente aprender!

 

Técnicas para curtimento

Antes de vermos as técnicas de curtimento propriamente ditas, é importante sublinhar que somente as cuias de material orgânico podem ser curtidas. Além do porongo já mencionado, a madeira, o chifre e os cascos de animais são exemplos de materiais orgânicos comuns usados na fabricação de cuias. No caso de metais ou de materiais diversos como o vidro, o silicone, a cerâmica e o plástico, não há necessidade de fazer a cura.

Outro aspecto importantíssimo é a diferenciação do tipo de bebida que será consumido na cuia. Sim, se o mate for doce, o procedimento é diferente em relação ao mate amargo.  Vejamos, então, o que fazer em cada caso.

 

Cura para mate amargo – passo a passo

 

Primeiro passo

Lave bem a cuia apenas com água corrente. Em seguida, use água fervida a uma temperatura de 80°. Este primeiro passo ajuda a desinfetar o material, mandando embora poeira e bactérias.

 

Segundo passo

Deite fora a água quente e preencha o miolo da cuia com erva – você pode aproveitar a erva usada em um outro recipiente inclusive. Acrescente um pouco de água quente. Quando a erva inchar, acrescente mais água. Esse processo deve ser repetido duas ou mais vezes até que a erva encha o recipiente.

 

Terceiro passo

Deixe a mistura de erva e água descansando por dois dias. Vá adicionando água para que a erva siga úmida. No terceiro dia, retire toda essa mistura, raspando bem. Para uma limpeza mais completa, despeje água quente na cuia. No final, ela já estará pronta receber o mate!

 

Cura para cuia usando fogo

Outra técnica muito utilizada no curtimento é a que recorre ao fogo.

 

Primeiro passo

Retire a grade do fogão e ligue o fogo.

 

Segundo passo

Vá girando a cuia perto do fogo. É importante não parar com o movimento circular, pois, caso você demore para girar, a cuia pegará fogo.

Cuidado para não queimar a mão! Se achar necessário, vista alguma proteção, como as luvas de silicone comumente usadas na cozinha.

 

Terceiro passo

Dependendo do formato da sua cuia, o fogo não entrará dentro dela. Por isso, somente a borda ficará mais escura e, de fato, curtida. A solução é recorrer ao álcool.

Coloque uma colher de álcool dentro da cuia e vá girando para que a substância se espalhe pelas paredes do recipiente. Em seguida, acenda um fósforo lá dentro. Vá girando devagar para que o porongo queime uniformemente, até o álcool ser consumido por completo. Enxague a cuia com água quente. Deixe secar e ela estará pronta para uso.

Atenção! Tome todo o cuidado neste processo. Mantenha água por perto para ser usada em caso de algum problema.

 

Curar para mate doce – passo a passo

Nesta técnica, você vai precisar essencialmente de açúcar e brasas de carvão quente. Uma boa dica é deixar para fazer este procedimento em um dia de churrasco.

Ao colocar a sacarose (açúcar) em contato com o carvão, que está a uma alta temperatura, ocorre uma combustão que gera gás carbônico e vapor de água. O gás penetra no porongo numa ação semelhante à fumigação, com uma ação fungicida. Cria-se, assim, ambiente de calor que retrai as fibras da cuia, selando os poros diminuindo a entrada de água em excesso e a retenção de umidade. Vejamos o passo a passo.

 

Primeiro passo

Lave bem o recipiente, também com água fervente e filtrada.

 

Segundo passo

Depois, coloque duas colheres de açúcar na cuia – pode ser açúcar de qualquer tipo, cristal, mascavo ou marrom. Cubra a borda da cuia com a mão e agite o recipiente, para que o açúcar grude bem nas paredes do porongo.

 

Terceiro passo

Deixe a cuia secar com o açúcar por algumas horas. Em seguida, acrescente erva.

 

Quarto passo

Depois que o recipiente estiver seco, é hora de entrar com o carvão. Pegue pequenas brasas de carvão quente e coloque dentro da cuia. Cubra a entrada com uma toalha, tampa de madeira e agite as brasas.

 

Quinto passo

Vá trocando as brasas – repita esse processo duas ou três vezes para garantir uma boa cura.

 

Sexto passo

Retire as brasas e lave o recipiente novamente com água quente. Depois, encha a cuia com erva fresca e umedeça com água morna. Deixe assim de um dia para o outro e a cuia estará pronta para receber o mate doce.

 

Dicas para o dia a dia

Agora que você já sabe curar a cuia, vejamos algumas dicas para o dia o dia.

– Após tomar seu chimarrão, retirar a erva mate da cuia e lave-a internamente com água corrente. Não utilize produtos de limpeza no recipiente, nem esponjas de aço.

– Guarde a cuia em local seco e arejado, de preferência mantida de pé. Evite expor a cuia ao sol, pois isso poderá causar rachaduras e machas irreversíveis ao porongo.

– Tome seu chimarrão com água até no máximo 70 °C. A água muito quente pode causar problemas ao seu organismo.

E você, já tomou um chimas hoje? Com toda esta conversa de curtimento da cuia, bateu aquela vontade, né? Clica aqui e adquira o nosso kit cuia bago.

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Até o próximo post!

Roder Cypriano

Mateando

Reza a lenda que a erva-mate teria sido dada de presente a um velho guerreiro guarani, que, com a saúde debilitada, dependia dos cuidados da filha para sobreviver, impedindo-a, assim, de se casar. O presenteador teria sido um mensageiro de Tupã, que atendeu aos pedidos do velho de voltar a ter as forças da juventude.

 

Essa história faz referência a uma das propriedades mais importantes da erva-mate: o seu papel de combate ao envelhecimento precoce e de estimulante da nossa disposição física e mental. E não tem nada de mito ou lenda nessa asserção – trata-se de propriedades comprovadas cientificamente! De acordo com pesquisas desenvolvidas pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, o chá de mate é um dos alimentos mais poderosos do mundo.

 

No post de hoje, nós da Mateando fazemos uma singela homenagem a esta planta tão querida em plagas sulistas, que não à toa é por aqui conhecida como a “joia verde da América Latina”. Quais as principais características, formas de consumo, curiosidades e benefícios da erva-mate? Continue a leitura e conheça o essencial sobre esta bebida que faz parte da nossa vida!

 

O que é a erva-mate?

A erva-mate vem de uma planta com caule cinza, folhas ovais e frutos pequenos de coloração verde ou vermelho-arroxeado. De nome científico é Ilex paraguariensis, ela se desenvolve naturalmente no sul do Brasil, no norte da Argentina e no leste do Paraguai e foi descrita pela primeira vez em 1820 por um botânico francês.

 

Essa planta não é consumida em seu estado natural, podendo ser comprada seca ou em formato de gotas. Ela deve passar por algumas etapas de processamento antes de chegar ao consumidor. Tais etapas envolvem o branqueamento, secagem e maturação das folhas.

 

Qual a origem do consumo da erva-mate?

A origem do consumo desta planta remonta ao séc. XVI e aos índios guarani da Argentina. Foram eles que a apresentam aos colonizadores espanhóis.

 

A palavra “mate” vem precisamente de uma palavra indígena que significa “cuia” ou “cabaça”. O nome era utilizado para denominar o recipiente onde se tomava a da infusão de folhas de erva-mate. Por extensão, passou também a designar o seu conteúdo um pouco por toda a América do Sul.

 

No Brasil, os colonizadores jesuítas foram os principais promotores do cultivo comercial do mate. A planta chegou a ser proibida no sul do país, sendo tachada de “erva do diabo”, mas aos poucos o uso passou a ser incentivado como forma de afastar os índios das bebidas alcoólicas.

 

Essa mistura cultural entre os povos nativos da América do Sul e os colonizadores europeus resultou em uma tradição local, que se difundiu pelo continente, em países como Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia e Chile.

 

Quais as principais formas de preparo da erva-mate?

diferentes formas de consumir a erva-mate como bebida:

– Mate ou chimarrão é a bebida produzida com infusão em água quente, muito popular não só no sul do Brasil, mas também na Argentina e no Uruguai.

– Tererê é a bebida produzida com água fria, mais consumida no Paraguai e no centro-oeste brasileiro.

– Chá mate é o chá obtido a partir das folhas tostadas da erva-mate. É consumido em infusão ou como bebida instantânea gelada.

 

Qual a composição química da erva-mate?

Rica em nutrientes, minerais e vitaminas, a erva-mate inclui os seguintes compostos:

– xantinas, substâncias que atuam como estimulantes e incluem a cafeína e a teobromina, são encontrados no café e no chocolate;

– derivados de cafeoil, principais antioxidantes da erva-mate;

– polifenóis: outro grande grupo de antioxidantes;

– saponinas: são eles que dão aquele gostinho amargo à bebida; têm propriedades anti-inflamatórias, ajudam a reduzir o colesterol e emulsificante.

 

Quais os benefícios da erva-mate?

Como dissemos de início, a erva-mate é um dos alimentos mais extraordinários que conhecemos. Os seus benefícios são inúmeros e fica até difícil fazer um resumo, mas a gente tentou. Dá uma olhada nesta compilação:

 

– Combate o envelhecimento precoce

A erva-mate auxilia na prevenção do envelhecimento precoce, como já dissemos. Isso se dá porque as substâncias antioxidantes presentes nesta planta combatem os radicais livres, que são os grandes responsáveis por nos envelhecer. A quantidade de antioxidantes em questão é inclusive maior do que a do chá-verde, um famosinho na prevenção do envelhecimento.

Chimarrão é, por isso, um inimigo das rugas e linhas de expressão.

 

– Estimula a atividade mental, diminui o cansaço físico e mental e aumenta a concentração

Isso se deve, basicamente, à presença de cafeína. Contudo, os efeitos colaterais desta bebida são muito menores do que os do café, porque a concentração é menor – para você ter uma ideia, em 100 ml de chimarrão, a quantidade de cafeína é cerca de 13 vezes menor que na mesma dose de café, conforme você confere aqui.

 

– Acelera o metabolismo e diminui o colesterol e triglicérides

A erva-mate possui propriedades comprovadas de combate à constipação intestinal, ou seja, ao mau funcionamento do intestino. Por isso é que tomar um bom chimas depois de um churrasco pesado dá aquela sensação de alívio e de uma digestão mais agradável.

 

E sabe as saposinas que referimos na pergunta anterior? Então, presentes na erva-mate, elas ajudam a reduzir a concentração plasmática do colesterol ruim em até 12% (segundo este estudo), diminuindo a absorção intestinal de gorduras e aumentando o poder de excreção delas pelo organismo, devido a uma ação emulsificante.

 

Estudos já mostraram que a erva-mate pode também auxiliar na redução do peso corporal e de gordura abdominal – mas, claro, esse consumo deve estar associado a uma dieta saudável e a exercícios físicos. Em um estudo de 2014, os participantes que ingeriram erva-mate moída queimaram 24% mais gordura durante exercícios de intensidade moderada.

 

– Efeito anti-inflamatório

As saponinas têm propriedades anti-inflamatórias, como já dissemos. Isso ajuda a podem fortalecer o sistema imunológico e a manter-nos mais saudáveis.

Além disso, a erva-mate fornece quantidades de vitamina C, vitamina E, selênio e zinco.

 

– Prevenção de doenças

Esta pesquisa da Universidade de São Paulo concluiu que a erva-mate é uma excelente fonte de compostos bioativos, que pode auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares e doenças crônicas, como o câncer.

 

– Efeito diurético

O consumo de erva-mate estimula a eliminação de fluidos (água e outras substâncias), o que, consequentemente, aumenta a eliminação de sódio do nosso organismo. Isso, por sua vez, faz com que também diminua a quantidade de fluidos nos nossos vasos sanguíneos, diminuindo também a pressão arterial.

 

Falta mencionar ainda os benefícios para a alma que uma boa erva-mate traz. A propósito, em 1858, o médico Roberto Avé-Lallemant escreveu assim em sua obra “Viagem pelo Paraná”:

 

“É o mate a saudação da chegada, o símbolo da hospitalidade, o sinal da reconciliação. Tudo o que em nossa civilização se compreende como amor, amizade, estima e sacrifício, tudo o que é elevado e bom impulso da alma humana, do coração, tudo está entretecido e entrelaçado com o ato de preparar o mate, servi-lo e tomá-lo em comum”.

 

É com estas palavras inspiradoras que fechamos a nossa homenagem à erva-mate. E você, já tomou um chimas hoje?

 

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Até o próximo post!

Roder Cypriano

Mateando

 

São Joaquim é uma das cidades mais frias do Brasil. A cada ano, as massas de ar polar vindas do Atlântico cobrem os campos de neve e atraem turistas de todos os cantos do país. Em julho de 1957, a cidade testemunhou uma das maiores nevascas já registradas em solo brasileiro, chegando a um acúmulo de quase 1 metro e meio de espessura.

Além da neve, as geadas também são frequentes e durante todo o ano. É que mesmo fora dos meses de inverno (junho, julho e agosto), a temperatura em São Joaquim raramente passa de 24 ºC. No chamado “outono climático”, entre os meses de março e maio, a média gira em torno dos 10 ºC. Por isso, para receber os visitantes, a cidade conta com hotéis e pousadas equipados com lareiras e fogões a lenha.

São Joaquim é ainda um dos grandes produtores de maçã no Brasil, tendo sido reconhecida em 2019 como a “capital nacional da maçã”. Durante a florada e a colheita da fruta, o município promove a tradicional “Festa Nacional da Maçã”, evento que atrai anualmente mais de 50 mil pessoas e reúne atrações como shows musicais, rodeio e gastronomia típica. Outra fruta que grassa com destaque em São Joaquim é a uva. Cepas como Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir são cultivadas em vinícolas joaquinenses, dando origem a alguns dos melhores vinhos finos da região.

Neste que é o nosso último post da série dedicada à Serra Catarinense, visitamos São Joaquim e listamos algumas das principais atrações desta simpática cidade. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre São Joaquim

São Joaquim é uma cidade centenária, fundada oficialmente em 07 de maio de 1887. Antes disso, em meados do século XVIII, encontramos registros dos primeiros habitantes da região – imigrantes paulistas e gaúchos que povoaram o sudoeste do estado de Santa Catarina, formando extensos feudos rurais por aqui.

Com uma população estimada em cerca de 30 mil habitantes, a base da economia joaquinense é, além da maçã, a produção de batata-semente, a pecuária e a extração de madeira. Tem destaque o grande potencial turístico da cidade, que recebe anualmente milhares de visitantes.

Situada a 232 km da capital Florianópolis, São Joaquim que está a mais de 1300 metros acima do nível do mar, o que contribui para o clima ameno que referimos de início.

 

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar São Joaquim.

 

Snow Valley Parque Ecológico

Inspirado nos modelos dos parques nacionais dos Estados Unidos, o Snow Valley foi idealizado pelo americano Edgar Leland Butterfield como um parque ecológico para exploração turística e inaugurado nos anos 70.

Localizado a 10 km de São Joaquim, o Snow Valley Parque Ecológico oferece hospedagem e trilhas entremeio à natureza joaquinense. Além disso, há restaurantes, cabanas rústicas, tirolesa e arvorismo. É um bom lugar para conhecer São Joaquim.

 

Turismo enófilo

O clima frio ou mesmo ameno parece que pede, aliás, suplica por um bom vinho, não é verdade? Então, uma vez visitando São Joaquim, é imperativo experimentar uma garrafa produzida nos terroirs joaquinenses. A vinícola Quinta da Neve (Rod. SJM 270/km 15), fundada há 20 anos, foi a primeira a investir e apostar na produção de vinhos na cidade. Em cerca de 25 hectares de terras, eles cultivam, entre outras, a exigente cepa Pinot Noir.

Villa Francioni Vinhos e Vinhedos é outra vinícola de vinhos finos. Eles oferecem visitas guiadas aos parreirais e à sua vinícola, além de degustação e venda de vinhos.

A Casa do Vinho está entre as 10 melhores distribuidoras de vinhos do país. Nela, é possível experimentar vinhos não só região, mas de todo o Brasil. Eles oferecem o serviço de degustações aos seus clientes em três ambientes especializados. Há atendimento específico para grupos e excursões.

 

Casa da Cultura, Museu de Artes de São Joaquim e Museu Histórico Municipal

Situada no centro de São Joaquim, a Casa da Cultura conta com um acervo de artes plásticas doado pelo colecionador e historiador Joaquim Galéte da Silva. Até final de 2019, estava fechada para reformas.

Já o Museu de Artes de São Joaquim Martinho de Haro, situado na Praça Cesário Amarante, na zona central da cidade, conta com um acervo com obras de artistas locais como Martinho de Haro, Rodrigo de Haro, Tereza Martorano, Yolanda Bathke, Susana Scóss Bianchini, entre outros. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

O Museu Histórico Municipal oferece exposições temáticas que pretendem resgatar a memória do município. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

 

Belvedere

Trata-se de uma escadaria situada no centro da cidade a uma altitude de 1.450 m, de onde se tem uma bela vista de toda a cidade e da sua natureza. É uma pernada, mas a vista – e as fotos – valem a pena! Foi instalado uma espécie de mirante no local.

 

Igreja Matriz de São Joaquim

Localizada no centro, na Praça João Ribeiro, esta igreja é um dos cartões postais de São Joaquim. Monumento histórico, a sua construção teve início em 1918, tendo sido inaugurada em 1935. Ela foi totalmente construída com pedras-basalto, tiradas dos morros adjacentes e transportadas em carros de boi.

No interior, há esculturas de Adão e Eva e, no exterior, de profetas bíblicos.

 

Monumento Manoel Joaquim Pinto

Esta obra do escultor Élson Kiyotaka Outuki retrata o ciclo histórico, econômico e cultural da fundação de São Joaquim pelo bandeirante paulista Manoel Joaquim Pinto.

O monumento está localizado na Praça João Ribeiro, em frente à Prefeitura Municipal.

 

Exponeve

A Exponeve é descrita como “a maior feira de artesanatos da região serrana”. Trata-se de um pavilhão comercial permanente que vende artesanato e produtos da cidade. Está instalado no mesmo local onde é realizado a Festa Nacional da Maçã.

O horário de visitação e de compras é de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h; e aos domingos, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h.

 

Parque Nacional da Maçã

Com 214 mil metros quadrados, o Parque Nacional da Maçã está localizado a 2 km do centro e oferece área para camping e cancha de laço. Em seus pavilhões de exposições, com palco para shows, são realizados vários eventos, como feiras, leilões agropecuários e a famosa Festa Nacional da Maçã, que acontece geralmente em abril.

Inspirado para programar a sua viagem? Conheça a Serra Catarinense e valorize a nossa cultura e as nossas belezas naturais.

E encerramos assim a nossa série dedicada à Serra Catarinense.  Não deixe de conferir os outros destinos desta nossa viagem pelas plagas do nosso estado. Nos últimos posts, percorremos algumas das principais cidades serranas, passando por lugares como Lages, Urupema e Urubici, sempre com dicas imperdíveis de viagem.

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Até o próximo post!

Fonte da imagem de capa: Gazeta do Povo

Roder Cypriano

Mateando

Quem já visitou a Serra Catarinense sabe que as belezas naturais abundam na região e que a competição pelo mais “belo cartão postal do estado” é renhida. Mas Bom Jardim da Serra pode com justiça ser considerado um dos mais fortes competidores nessa contenda – sobretudo se considerarmos a categoria dos “cenários naturais envolvendo cascatas e morros enormes cobertos por uma vegetação praticamente intocada”.

Além disso, a cidade, situada a 230 km de Florianópolis, é considera a “capital das águas”, devido ao grande número de rios que nascem no seu entorno. Ao todo, são 35 cachoeiras e 14 nascentes de rios que desaguam no Rio Pelotas, que também pertence ao município. Uma boa notícia para quem gosta do frio é a possibilidade de ver neve na região durante o período do inverno.

Estes fatos já nos dão bons motivos para visitar a cidade. Mas há muito mais! Por isso, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, no post de hoje, percorremos mais uma bela localidade sulista e listamos algumas das principais atrações bom jardinenses para ajudar você a planejar a sua próxima viagem.

Pronto para mais este destino? Vem com a gente que você vai se surpreender com as riquezas de Bom Jardim da Serra!

 

Um pouco sobre Bom Jardim da Serra

Bom Jardim da Serra tem cerca de 4 mil habitantes, boa parte dos quais descendentes de portugueses, italianos e espanhóis, que até os dias de hoje dedicam ao cultivo da maçã e de batatas. A história do município remonta aos séculos XVIII e XIX, quando começou a ser colonizado por tropeiros e colonizadores de Lages. Por aproximadamente um século, os tropeiros tiveram um papel predominante na vida econômica da região, pois, enfrentando a íngreme serra, esses viajantes levavam charque, sebo, courama e traziam na volta produtos como tecidos, querosene, sal e armas.

Em 1905, foi erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na região. Esse fato marcou a fundação do município. A sua autonomia administrativa, contudo, só foi conquistada em 1967 por meio da Lei n.º 1052. Situada a 1.232 m de altitude acima do nível do mar, a cidade é considerada uma das mais frias do Brasil, com geadas frequentes em todos os meses do ano e neve que pode ocorrer de abril a outubro. Em junho de 2012, foi registrado um recorde de temperatura baixa na região: -9,2° C.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Jardim da Serra.

 

Cânion das Laranjeiras

O Cânion das Laranjeiras está localizado a 12 km do centro de Bom Jardim da Serra e é uns dos cânions mais famosos e visitados da região. Ele está em área privada, na Fazenda Santa Cândida, mas o seu acesso é liberado ao público mediante pagamento de uma taxa de entrada (em torno de R$ 10,00). A visita vale muito a pena pela vista, com fendas profundas e com um recorte natural surpreendente.

A partir da entrada da fazenda, o caminho que leva ao topo do cânion tem uma extensão de cerca de 2,5 km. A caminhada no interior da mata é feita em terreno lamoso e acidentado. Por isso, é recomendo que a visita seja feita com um guia ou em grupos organizados pelas pousadas da região.

Tome nota de dois outros cânions que valem a pena visitar na região: Cânion da Ronda e Cânion do Funil, ambos com cerca de 1500 metros de altitude e vistas incríveis.

 

Morro da Igreja

O Morro da Igreja tem 1.822 metros de altitude, que valem a pena ser percorridos pela vista incrível que se tem do topo. Esta estrutura é também atribuída a Urubici, mas, de acordo com a Secretaria Estadual do Planejamento de Santa Catarina, oficialmente deve ser atribuída a território bom jardinense.

A trilha que leva ao topo do morro pode ser feita a pé, a cavalo, com jipes ou MotoCross. É preciso ir bem agasalhado pois faz bastante frio. Aproveite para tirar fotos da famosa Pedra Furada, um dos cartões postais catarinenses.

 

Cascata Salto do Pelotas

A Cascata Salto do Pelotas Grande é um conjunto de quedas de água situado a 8 km do centro de Bom Jardim da Serra, às margens da SC-438. Águas puras e cristalinas garantem um passeio relaxante. Para chegar, percorre-se uma trilha leve, que dura cerca de 10 minutos. No verão, há mais volume de água e piscinas naturais.

Por estar também localizada em uma área privada, recomenda-se que a visita à cascata seja acompanhada por um guia ou com os grupos organizados nas pousadas.

 

 Serra do Rio do Rastro

A Serra do Rio Rastro está localizada a 11 km do centro de Bom Jardim da Serra e conta com um mirante a 1400 metros de altura. Dele, tem-se uma espetacular de toda a planície litorânea de Santa Catarina. É possível avistar alguns municípios e, nos dias de sol e de boa visibilidade, até o mar.

No mirante, há um grande estacionamento e alguns estabelecimentos, como lanchonetes e cafés. Nas proximidades desse mirante, está localizada a primeira estação catarinense de energia eólica (aquela produzida pela ação do vento). Chamam a atenção os enormes cata-ventos de três hélices a 50 m de altura.

 

Turismo rural

Já vários hotéis-fazenda e pousadas da região equipados para o turismo rural. Eles oferecem inúmeras atividades ao ar livre, como pesca, trilhas e caminhadas ecológicas, passeios de barco, observação de pássaros, banhos de cachoeira e cavalgadas, além de boa comida típica e música tradicional ao redor de um fogo de chão.

Devido à abundância de rios, há inúmeras oportunidade para a pesca, especialmente da truta. A temporada “pesque e solte” vai de junho até o final de agosto de cada ano.

Para uma lista de hotéis-fazenda e pousadas em Bom Jardim da Serra, consulte aqui.

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Até o próximo post!

Roder Cypriano 

Mateando 

Com o perdão do trocadilho, Bom Retiro é uma cidade boa para… um bom retiro. É que, de fato, a localidade faz jus ao seu nome: é um destino ideal para quem deseja relaxar e fazer uma pausa de descanso entremeio a natureza. Aliados a um povo hospitaleiro, montanhas, matas inexploradascachoeiras, planaltos, campos, grutas e morros fazem desta uma cidade muito especial na Serra Catarinense. 

Porta de entrada da região serranaBom Retiro está entre as cidades que formam o Caminho das Neves, localizada a uma altitude que chega aos 1800 metros. A temperatura média anual é de 15 ºC e há ocorrência frequente de geadas, sobretudo nos meses de junho, julho e agosto. Com os vinhos da região, o cenário é ideal para quem gosta de curtir um friozinho 

Dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinenseno post de hoje, percorremos mais uma bela localidade listamos algumas das principais atrações de Bom Retiro para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente! 

 

Um pouco sobre Bom Retiro 

história de Bom Retiro começou no final do século XVIII, quando o alferes Antônio Marques de Arzão recebeu a missão de abrir uma estrada que ligasse São José, no litoral, a Lages, no planalto catarinense. Durante a execução dessa tarefa, ele descobriu as terras que viriam a ser Bom Retiro.  

Com cerca de 10 mil habitantes, a cidade hoje tem na agropecuária o seu forte. Além disso, é a maior produtora de cebola da região do Planalto e a sua maçã-gala é famosa em todo país.  

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Bom Retiro. 

 

Campo dos Padres  

O Campo dos Padres é um domaiores morros de Santa Catarina – mais precisamente, com 1798 metros, ele é o terceiro em elevação, ficando atrás do Morro do Chapéu, com 1823,49m, e do Morro da Boa Vista, com 1827m. Fazendo divisa com os municípios de Bom Retiro, Urubici e Anitápolis, esta elevação deve seu nome a uma alusão aos padres jesuítas que vinham das missões e refugiaram-se nos campos da serra catarinense 

Para chegar ao Campo dos Padres, o trajeto é de difícil acesso, mas o cenário compensa o esforço. É preciso estar bem preparado fisicamente, usar calçado e vestuário adequado e levar alimentação adequada e água. Além disso, recomenda-se a contratação de um guia de turismo. 

 

Morro do Costão do Frade 

O Costão do Frade é uma pedra que lembra esse nome porque a sua forma lembra a silhueta de um frade jesuíta. No seu pico, a uma altura de 1.422 metros, é possível avistar o Alto do Vale do Itajaí de um lado e a Serra Catarinense de outro. A passagem de estreito caminho com dois precipícios de cada lado é de tirar o fôlego.  

A dificuldade da trilha é de moderada a difícil e, por isso, indicada para pessoas com bom condicionamento físico. Faz bastante frio. Novamente, é indicada a companhia de um guia de turismo.  

 

Cachoeira do Barbaquá 

Esta cachoeira dista cerca de 18 km do centro da cidade de Bom Retiro e 80 metros de uma estrada principal. No trajeto, é possível apreciar paisagens e montanhas belíssimas. O terreno pode ser percorrido pelos amantes do ciclismo. 

Além de aproveitar um banho de cachoeira com água cristalina, é possível fazer um belo piquenique nas proximidades e recarregar as energias para voltar à pedalada. 

 

Turismo rural e turismo enófilo 

O turismo rural é forte na região de Bom Retiro. É possível hospedar-se em um hotel-fazenda ou uma pousada rural e aproveitar inúmeras atividades ao ar livre, desde as mais tradicionais, como cavalgadas e caminhadas ao ar livre, até esportes radicais, como rapel, parapente e trekking. Para uma lista de hotéis e pousadas na cidade, consulte aqui. 

Bom Retiro também está inserido na chamada Rota dos Vinhose é um bom local para apreciar vinhos produzidos na região. Destacam-se as vinícolas Thera e Di BurattoOs roteiros à disposição do turista incluem trilhas por estradas onde se produzem vinhos, pousadas e apreciação de vinhos nas próprias vinícolas. 

 

Museu da Memória dos Imigrantes Alemães 

Além das belezas naturais, Bom Retiro também é cultura. No Museu da Memória dos Imigrantes Alemães, é possível ver registros (móveis, fotos, livros, documentos e outros objetos históricos) dos imigrantes alemães que se fixaram na região. Fundado em 2004o museu está instalado em uma antiga casa germânica ao lado de uma Igreja Adventista que é a terceira mais antiga do Brasil.  

O horário de funcionamento é das 08h às 12h e das 14h às 18h, de domingo a domingo. O telefone é o (49) 99142-9517. 

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Até o próximo post! 

*Fonte da Imagem de capa: Dario Lins

Roder Cypriano 

Mateando 

Situada a 180 km de Florianópolis, a cidade de Rio Rufino é conhecida como a “capital nacional do vime”, destacando-se pela farta produção de cestaria e móveis nesse material.

Além disso, com pouco menos de 2.500 habitantes, este pacato e hospitaleiro município é perfeito para descanso e para o turismo ecológico. São mais de 50 quedas d’água e cachoeiras que medem entre 30 a 100 metros de altura. A mata de araucária, com espécies nativas como a bracatinga, a canela e o xaxim, complementam um belo cenário natural.

Dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, no post de hoje, percorremos mais um pedacinho deste nosso Brasil e listamos algumas das principais atrações rio-rufinenses para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre Rio Rufino

O nome desta cidade é uma referência ao agricultor Rufino Pereira dos Santos (1834-1905), que, pioneiro na região, foi o primeiro a plantar milho e feijão nestas terras. Em 29 de dezembro de 1957, foi criado o distrito de Rio Rufino, cuja emancipação político-administrativa ocorreu em 12 de dezembro de 1991.

Atualmente, a cidade mantém uma economia baseada na agricultura familiar, com o cultivo de feijão e milho e a criação de gado de corte e leite. O vime ganhou destaque nos últimos anos. O vimeiro, árvore originária da Europa Central e Ásia, encontrou na Serra Catarinense condições ideais de desenvolvimento devido a uma combinação de fatores: altitude (Rio Rufino está a mais 850 m acima do nível do mar), temperatura amena (média de 16 ºC) e abundância de água.

Isso fez com que os vimeiros nativos ultrapassassem o triplo do tamanho convencional, chegando aos dez metros de altura. Atualmente, juntamente com cidades como Bom Retiro, Bocaina do Sul, Urubici e Palmeira, Rio Rufino é responsável por 90% da produção nacional de vime.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar Rui Rufino.

 

Vale das Cachoeiras

Conforme já referimos, nas proximidades de Rui Rufino, existem mais de 50 cachoeiras, quedas d’água e cascatas com altitudes que variam dos 30 aos 100 metros de queda livre.

As distâncias da sede do município também variam – de 5 a 20 km.  A Cascata Alto da Serra, por exemplo, apresenta mais de 70 metros de altura e está localizada a 12 km do centro rio-rufinense. A apenas 5 km da cidade, o turista encontra o Vale das Cachoeiras, com uma sucessão de cachoeiras no alto da serra. Outras cascatas dignas de nota são a Cascata do Rio do Tigre (a 10 km da sede) e a Cascata da Fábrica (a 5 km da sede). Para visitar esses locais, recomenda-se contatar um guia.  Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (49) 3279-0000 ou (49) 3279-0119.

O Poço da Pedra Furada é outra atração importante, sendo um bom lugar para fazer piquenique ou acampar com a família e amigos e desfrutar de um banho de rio em meio à natureza.

Para informações sobre pousadas e restaurantes em Rui Rufino, consulte a Plataforma Na Serra Catarinense.

 

Morro do Campo Novo

Localizado a 15 km do centro de Rio Rufino, entre Urupema e Rio Rufino, o Morro do Campo Novo tem 1.700 metros de altura, o que faz dele um dos pontos mais altos do estado de Santa Catarina – e mais frios também.

O cume do morro tem formato quase plano, com 1 km de comprimento por 500 metros de largura. De cima, é possível observar a bela natureza de toda a região. O acesso se dá por uma estrada de saibro e cascalho que leva até o topo. Há mirantes onde é possível estacionar o carro e percorrer o restante da trilha a pé.

 

Central das Cestas

Vale a pena visitar a Central das Cestas, fundada em 1995 e localizada no centro da cidade rio-rufinenses. O local se tornou a maior fábrica de cestas de vime do Brasil, com produção anual de 660 mil unidades, todas feitas artesanalmente. Ali, é possível observar todo o processo de desenvolvimento do artesanato local.

Anualmente, também acontece na cidade de Rui Rufino a Festa Nacional de Vime, com exposição e venda de artigos de vime produzidos na região, além de eventos musicais e gastronomia típica catarinense.

 

Casa dos Anjos

Localizada no centro da cidade (R. José Ozelame, número 63) e toda construída com rochas rústicas e tijolos, esta casa foi inaugura em 1980.

O seu idealizador é o senhor Daniel Ghizoni de Andrade, segundo quem a casa é a “moldura do lar do silêncio” (“Nirav”, em sânscrito) e um tributo aos anjos mensageiros. No local, há um zodíaco maia e inúmeras pinturas e esculturas. A Casa dos Anjos funciona, portanto, como um pequeno museu. Para visitas, é preciso agendar previamente no local.

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Até o próximo post!

*Imagem de capa ilustrativa

Roder Cypriano

Mateando

Urubici já foi descrita como “a cidade mais bonita da Serra Catarinense”.  Com cascatas de 100 metros de altura, cânions de perder a vista, campos de araucárias, fazendas centenárias e inúmeras quedas de água (82 para sermos mais precisos!), a cidade se destaca por suas belezas dignas de figurar em cartões portais.

Prova disso é o fato de que a natureza do município é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, fazendo parte da Reserva Mundial da Biosfera da Floresta Atlântica.

Incluída no chamado “Caminho das Neves”, que reúne as cidades mais frias da Serra, Urubici já registrou uma das temperaturas mais baixas de sempre no país – 17 ºC negativos. No inverno, geralmente neva e o vento constante dá a sensação de frio ainda mais intenso.

Mas o que visitar entre tantas coisas belas em solo urubiciense? Neste post, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, reunimos as atrações e os pontos de visitação imperdíveis em Urubici para ajudar você a planejar a sua próxima viagem. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre Urubici

Há duas hipóteses para a origem do curioso nome desta localidade catarinense. “Uribici” pode ter derivado de um termo da língua geral paulista, “urubysy”, que significa “fileira de urubás” (uruba, urubá + ysy, fileira). A outra hipótese é que o vocábulo deriva do termo tupi “urubuysy”, que significa “fileira de urubus” (urubu, urubu + ysy, fileira).

Com cerca de 11 mil habitantes, Uribici está situada a apenas 172 km da capital Florianópolis. O acesso se dá pelas rodovias SC-430, que liga o município à rodovia BR-282 em Bom Retiro. Pelo Sul, há SC-430, que liga a São Joaquim e Bom Jardim da Serra. Já ao leste, a SC-439 desce a serra, chegando ao município de Grão-Pará, em ligação com a BR-101 em Tubarão.

Em relação ao passado, Uribici tem muita história para contar – inclusive em inscrições rupestres de aproximadamente 4 mil anos, que podem ser visitadas até os dias de hoje. Segundo historiadores, 1711 é importante para a cidade, pois foi nesse ano que, sob as ordens do rei D. João V, os jesuítas aqui chegaram, procurando minas e catequizando os índios xoclengues que aqui habitavam.

Já no início do séc. XX, de olho na fertilidade no solo do vale do rio Canoas, chegaram à região inúmeros imigrantes italianos, alemães e letões, que passaram a se dedicar à agricultura e à pecuária, as principais atividades econômicas da região até os dias de hoje.

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro.

 

Morro da Igreja

Situado a 26 km do centro da cidade, esta é uma atração obrigatória para quem visita Urubici. Com 1822 m de altitude, o Morro da Igreja é o ponto mais alto habitado da Serra Geral.

Por isso, todos os anos, no inverno, há ocorrência de neve, e mesmo no verão as temperaturas são mais frias. O local abriga uma base de monitoramento aéreo para os estados de Santa Catarina e de Rio Grande do Sul e ali foi instalada uma base pela aeronáutica brasileira.

A vista de cima do morro é de perder o fôlego – dá para ver boa parte do litoral sul catarinense. Destaque vai para a Pedra Furada, um dos cartões postais da cidade, com uma abertura de 30 metros de circunferência que é uma verdadeira obra de arte esculpida pela natureza durante milhares de anos.

Não se paga nada para entrar, mas, devido à quantidade de vagas de estacionamento limitadas, é preciso retirar autorizações de visitação na sede do Parque Nacional de São Joaquim (Av. Pedro Bernardo Warmling, n.º 1542), em Urubici. Não se esqueça de levar água e vestir roupas confortáveis durante a visita.

 

Trilha da Pedra Furada

A Trilha da Pedra Furada é o programa ideal para os amantes da aventura. Em cerca de 6 km de extensão (ida e volta), o objetivo é explorar uma formação rochosa que fica nas proximidades do Morro da Igreja, conforme já mencionamos.

As altitudes variam de 1767 a 1583 metros, e a caminhada dura em torno de cinco horas, entremeio à natureza pouco explorada (matas, campos, penhascos).

É essencial usar calçado e vestimentas apropriados e não esquecer de água e protetor solar. Deve-se também agendar a visita, que deve ser feita sob a supervisão de guias cadastrados no Parque Nacional de São Joaquim, devido à periculosidade de alguns trechos da trilha.

 

Cascata Véu da Noiva

Outra beleza imperdível em Urubici. Trata-se de uma cachoeira por onde a água, que escore por uma parede de pedra, parece formar o véu de uma noiva. Situada em propriedade particular (que cobra R$5,00 pela entrada), a cascata fica a 29 km da cidade, por um caminho de asfaltado (exceto cerca de 800 metros que devem ser percorridos dentro da propriedade).

Os visitantes podem aproveitar a visita para praticar tirolesa e percorrer trilhas. A propriedade também oferece restaurante e pousada. Entre em contato no 49-3236-1110.

 

Cachoeira do Rio dos Bugres

Ao se deparar com fotos da Cachoeira do Rio dos Bugres, fica fácil entender por que esta é considerada a cidade mais bela da Serra Catarinense.

Mais alta (e mais bonita) queda d’água de Urubici, com 220 m de altura, esta beleza natural está estruturada em um paredão de arenito com uma grande gruta na parte inferior.

A 25 km do centro da cidade, o acesso não é dos mais fáceis. Para visitar a parte de baixo, é necessário percorrer uma longa caminhada de 12 km (ida e volta) de dificuldade média, passando pelo leito do rio Bugres. Já a parte de cima é acessível somente com camionetas 4×4.

 

Igreja matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens

Esta é uma das muitas surpresas positivas que Uribici oferece ao visitante. Dona de uma arquitetura de estilo gótico, a Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens é uma das maiores do estado e foi construída graças às doações e ao empenho da comunidade local.

Rodeada por uma bela praça, a igreja possui quatro entradas iguais.

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Fonte da foto de capa: Dreampass Experiences

Até o próximo post!

Roder Cypriano

Mateando

Urupema está localizada a altitude média de 1.425 metros, a mais alta para uma cidade catarinense, sendo considerada a cidade mais fria do Brasil. Aqui, a temperatura média é de apenas 13 ºC, podendo chegar a 14 ºC negativos na relva, especialmente nos meses de junho, julho e agosto. Na rota do turismo da Serra Catarinense, a cidade se destaca também pela natureza exuberante e por ser uma das poucas do mundo inteiro a cultivar a sensível truta da espécie arco-íris em um riacho bem no centro da cidade. 

Com uma gastronomia rica em pratos de truta e com um povo que soube manter vivas as tradições das lides campeiras, Urupema é um destino ideal para quem quer aproveitar as belezas naturais e fugir da mesmice. Neste post, dando continuidade à nossa série dedicada à Serra Catarinense, compilamos as melhores dicas do que fazer em meio ao frio urupemense. Continue a leitura e prepare o seu roteiro!

 

Um pouco sobre Urupema

Urupema tem uma população estimada em cerca de 2.500 habitantes e está localizada a 206 km da capital Florianópolis. O nome da cidade vem da língua indígena Tupi e alude a uma peneira de fibras vegetais usada na pesca e também nas lides domésticas para peneirar diversos tipos de farinha.

Apesar do frio que faz na região, os pioneiros desta cidade catarinense foram atraídos pela abundância da vegetação araucária.

 

Morro das Torres

O Morro das Torres é o ponto mais alto de Urupema – são mais de 1700 metros acima do nível do mar! O local é de fácil acesso, sendo um dos melhores pontos de todo o Brasil para apreciar a queda de neve.

O acidente geográfico deste morro e as características climáticas da cidade fazem deste um local único – nele, o nevoeiro congelante, conhecido pelos geógrafos como “sincelo”, acontece com frequência. Além disso, chuva granulada, chuva congelada e neve ocorrem simultaneamente.  Para quem aguenta bem o frio, as vistas são de tirar o fôlego.

 

Cachoeira que Congela

Uma boa amostra de quão fria é esta cidade da Serra Catarinense é esta cachoeira, localizada perto do Morro das Torres. Trata-se de uma pequena cascata (com 55 metros) que costuma ficar completamente congelada nos dias mais frios do inverno urupemense.

Esse fenômeno espetacular, que atrai inúmeros turistas, acontece porque a queda de água localiza-se em um enclave, uma pequena reentrância que fica totalmente sombreada durante o dia, o que permite que o ar frio do Morro das Torres abaixe a temperatura a ponto de congelar a água.

 

Trutas no rio Caronas

No centro de Urupema, no seio do rio Caronas, é cultivada uma espécie delicada de truta que, embora seja uma das mais famosas e procuradas em todo o mundo, é extremamente sensível à poluição. É possível observar esta truta em pleno dia e, além disso, deliciar-se com pratos à base dela em restaurantes da cidade.

 

Cavalgada Rota Santana

Para quem gosta de aventura, esta é a atividade ideal em Urupema.

Ofertada desde 2005 por uma parceria entre a Secretaria de Turismo e a Fazenda do Barreiro (SC 438, km 43), a cavalgada é feita no lombo de um cavalo durante dois dias, passando por inúmeras fazendas em diferentes localidades da região. Para agendar a atividade, entre em contato com a Secretaria de Turismo nos telefones (49) 3236-1226 e (49) 3236-1195.

 

Taipa

“Taipa” é o nome que recebem os muros feitos de pedras basálticas, encaixadas firmemente umas às outras, que desempenham diversas funções: demarcar as propriedades, confinar o gado ou mesmo indicar caminhos. Algumas dessas construções, encontrados por toda a Serra Catarinense, são centenários, tendo resistido heroicamente ao tempo.

Em Urupema, a concentração desses muros é muito maior, o que torna as taipas mais emblemáticas, espécie de testemunho vivo da engenhosidade do serrano e da cultura da região. Repare nas construções durante o percurso leva à cidade.

 

Ecoturismo rural

O Hotel Fazenda Serra do Panelão oferece ao visitante a experiência do ecoturismo em Urupema. Com atividades variadas, como caminhadas, cavalgadas e pescarias, é possível aproveitar o que de melhor a natureza tem a oferecer. Na prática do montanhismo, em dias de bom tempo, é possível ver a olho nu o Morro das Torres, localizado a mais de 1.300 metros no município de Urupema, assim como o Morro Bela Vista do Ghizoni, em Bom Retiro.

O hotel serve a gastronomia local, com pratos típicos catarinenses e conta também com piscina térmica e cabanas.

Por hoje é tudo, mas esta é apenas a nossa segunda paragem na Serra Catarinense. Para acompanhar todos os nossos próximos destinos, siga as nossas redes sociais – curta agora mesmo a nossa página no Facebook e no Instagram. Até o próximo post!

Fonte da foto de capa: Felipe Vieira

Roder Cypriano

Mateando

A Serra Catarinense abriga algumas das belezas naturais mais incríveis que podem ser vistas no Brasil. Conhecida como a Sibéria tupiniquim, em alguns dos 19 municípios que integram esta vasta porção territorial de mais de 16 mil km², é quase certo encontrar neve durante o inverno – em meio a paisagens de tirar o fôlego.

Cânions com mais de 1.500 metros de altura, cachoeiras, colinas, rios, vinícolas, trilhas pouco exploradas e hotéis-fazenda acolhedores fazem da região um excelente destino para quem quer relaxar e recarregar as energias.

Num movimento de valorização das nossas riquezas, a Mateando apresenta o primeiro destino de mais uma série dedicada às plagas sulistas! À semelhança do que já fizemos para a região do Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul –se você ainda não leu, clica aqui agora para ficar por dentro de tudo –, exploramos o que de melhor a Serra Catarinense tem para oferecer ao turista.

Abrimos a série com uma exímia representante da região: a cidade de Lages, detentora do título de “capital nacional do turismo rural”, visitada anualmente por mais de 50 mil pessoas. Continue a leitura e confira as nossas dicas do que incluir no seu roteiro ao preparar a sua próxima viagem à região.

 

Um pouco sobre Lages

Com mais de 150 mil habitantes, Lages é o maior município em extensão territorial de Santa Catarina. No passado, a cidade ostentava o nome de “Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lajes”. Nesse nome, o substantivo “lajes” faz alusão ao fato de que, na região, é encontrada uma grande quantidade de “pedra laje” (arenito). A partir de 1960, a cidade foi rebatizada apenas como “Lages”, com a letra “g”.

Também conhecida por “Princesa da Serra”, a cidade está a 224 km da capital Florianópolis e apresenta um clima temperado subtropical, com temperaturas médias de 16 °C. No inverno, faz frio, há geadas e até mesmo a ocorrência de neve. As temperaturas podem chegar a -4 °C.

A cidade apresenta uma história rica e diversificada, tendo sido palco de acontecimentos importantes como a Guerra dos Farrapos e do Contestado. Além de se destacar pelo turismo rural, Lages é famosa pela criação de gado e pelo movimentado setor madeireiro, sendo um dos principais municípios de Santa Catarina em termos de participação econômica.

 

Turismo rural

Lages é uma das pioneiras do turismo rural no Brasil e conta com inúmeras fazendas à disposição dos visitantes. Com seus muros de pedras, conhecidos por “taipas”, elas conjugam uma excelente infraestrutura, capaz de fazer frente ao inverno rigoroso, para quem deseja apreciar as belezas naturais do campo e conviver com o povo serrano, com sua cultura, costumes e tradições.

Entre as atividades oferecidas, temos, entre outras, a ordenha no período da manhã, a colheita de frutas no pomar, a pesca, as caminhadas ao ar livre e os passeis a cavalo.

Para quem gosta de atividades mais radicais, destacam-se a tirolesa, o rapel, a escalada em rocha, o trekking e o arvorismo para crianças. Muitos hotéis fazenda oferecem piscinas térmicas cobertas, cabanas e saunas.

É possível ainda apreciar a gastronomia típica da região serrana: linguiças, morcilhas, queijos, arroz de carreteiro, feijão tropeiro, churrascos e sobremesas, como as tradicionais compotas e a ambrosia.

No site oficial da Serra Catarinense, é possível encontrar uma lista de hotéis-fazenda disponíveis aos turistas e visitantes.

 

Festa do pinhão

A Festa Nacional do Pinhão acontece anualmente em Lages desde 1989 e atrai a cada edição mais de 350 mil visitantes. É considerada, por isso, a maior festa tradicionalista do Brasil.

Durante os 11 dias da festança que celebra a cultura e gastronomia locais, há espetáculos de música com artistas de projeção nacional, concursos de dança, bailes típicos gineteadas e muita comida, com destaque, claro, para o pinhão, servido de diversos modos.

Há, ainda a chamada “Sapecada da Canção Nativista”, que dá destaque à música e aos artistas locais. A festa acontece geralmente no mês de junho.

 

Pontos turísticos de interesse

 

Museu Thiago de Castro

Este é considerado o maior museu particular do estado de Santa Catarina e foi inaugurado em 1937. O seu idealizador foi Danilo Thiago de Castro, que idealizou o local como uma oportunidade para difundir a cultura serrana. No acervo, encontramos documentos e imagens dos séculos XVIII e XIX, armas de guerra e lutas regionais, utensílios de trabalho e das lides domésticas, peças de vestuário e objetos de uso cotidiano.

Endereço: Rua Benjamin Constant, esquina com Hercílio Luz

Fone: (49) 222-7603

Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 17h30min. Outros horários podem ser marcados via reserva.

 

Monumentos

Como dissemos, Lages tem uma história riquíssima, que remonta ao séc. XVIII. Vale a pena visitar os momentos “Os Imigrantes”, “Correia Pinto”, “Boi de Botas” e “O Tropeiro”. Todos ensinam-nos importantes lições sobre o passado lajense.

O Memorial “O Tropeiro” constituído por estátuas de tropeiros em tamanho natural localizadas na entrada da cidade, sentido Correia Pinto-Lages. Embora possam ser vistas de dentro do carro, vale a pena descer e ver de perto esta obra que homenageia os pioneiros responsáveis pela fundação de Lages.

Já o Memorial “Boi de Botas” retrata a guerra dos Farrapos. Em pleno combate, os canhões e carretões puxados por bois atolaram na lama e foram retirados à força pela comitiva farroupilha de Lages. Na sequência do acontecimento, um comandante teria dito que os “soldados se portaram com tal bravura e força, como se fossem verdadeiros Bois de Botas”. A expressão “boi de botas” é desde então sinônimo do heroísmo dos soldados lagenses. O autor do monumento, localizado na região central da cidade, foi o escultor local José Cristóvão Batista.

Por hoje é tudo, mas esta é apenas a nossa primeira paragem na Serra Catarinense. Então, para acompanhar os próximos destinos, siga as nossas redes sociais: clique aqui para curtir a nossa página no Facebook e no Instagram. Até o próximo post!

 

Roder Cypriano

Mateando

 

Região mais fria do Brasil, conhecida como a Sibéria tupiniquim, este é o único lugar do nosso país onde é quase certo encontrar neve durante o inverno. Ano a ano, o verde-amarelo das araucárias, o relevo dos cânions e os musgos sobre os muros de pedra cobrem-se de branco. Nesse cenário monocromático, as águas das cachoeiras congelam, e nos interiores das casas saboreia-se um bom vinho, cujas uvas foram plantadas, colhidas e fermentadas logo ali, num terroir das proximidades.

Falamos da Serra Catarinense, uma região que, apesar de abrigar algumas das belezas naturais mais incríveis que podem ser contempladas neste país, na verdade é mais conhecida pelos estrangeiros do que nós próprios, brasileiros. Num movimento de valorização das nossas riquezas, o Mateando dá hoje início a mais uma série dedicada ao nosso Sul!

 

À semelhança do que já fizemos para a região do Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, exploramos o que de melhor a região catarinense tem para oferecer ao turista e, para cada parada, apresentamos uma espécie de roteiro para aquilo que o viajante não pode deixar de visitar.

 

Abrindo os trabalhos, no post de hoje traçamos um voo panorâmico pelas belezas naturais, pela gastronomia, pela cultura e por algumas das principais localidades da Serra Catarinense que abordaremos ao longo de toda a série. Preparado? Então, vem com gente!

 

As espetaculares paisagens da Serra Catarinense

Sem dúvida, um dos maiores atrativos da Serra Catarinense, que tornam a região tão especial, são as paisagens naturais de tirar o fôlego. Cânions com mais de 1.500 metros de altura, florestas de araucárias, cachoeiras, colinas, rios, vales, fazendas, estradas sinuosas, trilhas pouco exploradas e campos verdinhos que se espraiam até se perderem no horizonte… Com tanta diversidade, não é à toa que afirmamos que percorrer estas bandas é deparar-se com alguns dos cenários naturais mais belos e ricos que o Brasil tem para oferecer. 

 

A Serra Catarinense está localizada nas mesorregiões do Oeste e parte do Norte Catarinenses, a cerca de 100 km do litoral e a menos de 200 km da capital Florianópolis – aliás, diz-se que, nos dias de céu de brigadeiro, é possível avistar o litoral a dezenas de quilômetros do alto de um cânion. São 19 os municípios que integram a região, estendendo-se por uma área de mais de 16. 000 km², o que equivale a 17% de toda a extensão do estado de Santa Catarina.

 

Cerca de 80% desse território está localizado acima dos 300 m de altitude e 52% acima de 600 m. É nesta região que se localiza o ponto mais alto do estado, o Morro da Boa Vista. Situado entre os municípios de Urubici e Bom Retiro, esse cânion chega aos 1.827 m de altura em relação ao nível do mar. Ligeiramente mais baixo, o Morro da Igreja, localizado em Urubici, figura em segundo lugar com 1.822 e é considerado o ponto habitado mais alto da região Sul do Brasil.

 

A Sibéria brasileira

A Serra Catarinense é, tradicionalmente, tida como um destino de inverno. Com seu clima de altitude, o frio é forte, podendo atingir os 15ºC negativos, e, ainda que por poucos dias, torna as geadas e a neve fenômenos corriqueiros. No já referido Morro da Igreja, foi registrada a menor temperatura de todo o Brasil: os incríveis 17,8°C negativos.

A pequena cidade de São Joaquim é destaque nesse turismo gélido. Com 24 mil habitantes, ela virou sinônimo de neve. Ano a ano, as câmeras de televisão do país voltam-se para a localidade assim que as temperaturas caem, pois este é um dos primeiros destinos da Serra onde neva. Com mais frequência, o fenômeno acontece no inverno, entre os meses de junho e setembro, mas pode ocorrer também no outono e no início da primavera.

Com esse toque especial na paisagem, que faz a alegria de turistas de todas as querências, é possível apreciar o conforto e o aconchego de uma pousada ou de um resort especialmente equipado para enfrentar o frio. Festa do Pinhão, bonecos de neve, passeios, voos de balão, cavalgadas, ensaios fotográficos ou apenas apreciar um bom vinho em frente à lareira – há muito que fazer por estas bandas no inverno.

 

Para relaxar e recarregar as energias

A Serra Catarinense abriga os primeiros hotéis-fazenda e pousadas rurais do Brasil, tendo sido pioneira no turismo rural. Atualmente, há uma farta oferta desse tipo de estabelecimentos e de estâncias, que proporcionam ao viajante todo o conforto e aconchego, além de atividades e de toda uma infraestrutura de lazer.

 

Por exemplo, quem não quer começar o dia com uma cavalgada ao ar livre, respirando o ar puro de uma região montanhosa? Ou relaxar em um dia de pescaria, finalizado com uma deliciosa comida caseira, com gostinho dos sabores do campo?

 

Aventure-se no paraíso do ecoturismo

Para além do turismo rural, a Serra Catarinense é um destino ideal para os amantes do ecoturismo. Rapel, trekking, canyoning, mountain bike, tirolesa, balonismo, entre outras atividades, como a pesca esportiva da truta, estão entre as opções disponíveis para o viajante aventureiro.

 

Há roteiros de aventuras radicais especialmente pensados para o público destemido – pedaladas em terrenos íngremes, travessias por cabo de aço a uns quantos metros de altura, caminhadas pelas bordas de cânions gigantes, descidas frenéticas em cachoeiras… Os Cânions da Ronda, do Funil e das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra, e do Espraiado, estão entre os principais destinos.

 

Turismo enófilo e gastronomia regional

A Serra Catarinense é conhecida como um novíssimo e promissor mundo – de fato, alguns dos melhores vinhos nacionais são produzidos aqui. Então, para os amantes do vinho este passou a ser um destino obrigatório.

 

Santa Catarina é o terceiro maior produtor de uvas do Brasil e vem ganhando território no turismo especificamente voltado para os vinhos, com suas chamadas “vinícolas-butique” – empreendimentos elegantes (pequenos ou médios), voltados à produção de vinhos finos e espumantes de qualidade, servidos em pousadas charmosas.

 

Atraindo milhares de turistas todos os anos, a Rota dos Vinhos Finos de Altitude é um caminho composto por 22 vinícolas abertas à visitação – e degustação, claro. Percorrendo nove cidades catarinenses (São Joaquim, Água Doce, Videira, Campo Belo do Sul, Urupema, Urubici, Bom Retiro, Rancho Queimado e Treze Tílias), o visitante conhece a região de um modo único e tem contato com produtores juntos são responsáveis por mais de 1,5 milhão de garrafas por ano. Uma das alturas ideias para fazer o trajeto é em março, durante a vindima, período de colheita da uva.

 

Além disso, a gastronomia regional e campeira surpreende o visitante, com receitas de dar água na boca. Tudo servido com muita fartura e sabor, destacam-se os pratos à base de pinhão, truta e carne de gado. Além disso, há fondues, entreveros, sopas e caldos para todos os gostos. O ragu, doce típico da região, e o queijo serrano são também imperdíveis.

 

Nosso roteiro

Ao longo da nossa série, percorreremos sete das 19 cidades da região da Serra Catarinense: Lages, Urupema, Urubici, Rio Rufino, São Joaquim, Bom Jardim da Serra e Bom Retiro.

 

Quer saber o que visitar e fazer em cada uma delas? Então, siga as nossas redes sociais que a viagem está só começando! Clica aqui para curtir a nossa página no Facebook e no Instagram. Até a próxima!

Roder Cypriano

Mateando