São Joaquim é uma das cidades mais frias do Brasil. A cada ano, as massas de ar polar vindas do Atlântico cobrem os campos de neve e atraem turistas de todos os cantos do país. Em julho de 1957, a cidade testemunhou uma das maiores nevascas já registradas em solo brasileiro, chegando a um acúmulo de quase 1 metro e meio de espessura.

Além da neve, as geadas também são frequentes e durante todo o ano. É que mesmo fora dos meses de inverno (junho, julho e agosto), a temperatura em São Joaquim raramente passa de 24 ºC. No chamado “outono climático”, entre os meses de março e maio, a média gira em torno dos 10 ºC. Por isso, para receber os visitantes, a cidade conta com hotéis e pousadas equipados com lareiras e fogões a lenha.

São Joaquim é ainda um dos grandes produtores de maçã no Brasil, tendo sido reconhecida em 2019 como a “capital nacional da maçã”. Durante a florada e a colheita da fruta, o município promove a tradicional “Festa Nacional da Maçã”, evento que atrai anualmente mais de 50 mil pessoas e reúne atrações como shows musicais, rodeio e gastronomia típica. Outra fruta que grassa com destaque em São Joaquim é a uva. Cepas como Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir são cultivadas em vinícolas joaquinenses, dando origem a alguns dos melhores vinhos finos da região.

Neste que é o nosso último post da série dedicada à Serra Catarinense, visitamos São Joaquim e listamos algumas das principais atrações desta simpática cidade. Pronto para mais este destino? Vem com a gente!

 

Um pouco sobre São Joaquim

São Joaquim é uma cidade centenária, fundada oficialmente em 07 de maio de 1887. Antes disso, em meados do século XVIII, encontramos registros dos primeiros habitantes da região – imigrantes paulistas e gaúchos que povoaram o sudoeste do estado de Santa Catarina, formando extensos feudos rurais por aqui.

Com uma população estimada em cerca de 30 mil habitantes, a base da economia joaquinense é, além da maçã, a produção de batata-semente, a pecuária e a extração de madeira. Tem destaque o grande potencial turístico da cidade, que recebe anualmente milhares de visitantes.

Situada a 232 km da capital Florianópolis, São Joaquim que está a mais de 1300 metros acima do nível do mar, o que contribui para o clima ameno que referimos de início.

 

A seguir, veja dicas do que incluir no seu roteiro ao visitar São Joaquim.

 

Snow Valley Parque Ecológico

Inspirado nos modelos dos parques nacionais dos Estados Unidos, o Snow Valley foi idealizado pelo americano Edgar Leland Butterfield como um parque ecológico para exploração turística e inaugurado nos anos 70.

Localizado a 10 km de São Joaquim, o Snow Valley Parque Ecológico oferece hospedagem e trilhas entremeio à natureza joaquinense. Além disso, há restaurantes, cabanas rústicas, tirolesa e arvorismo. É um bom lugar para conhecer São Joaquim.

 

Turismo enófilo

O clima frio ou mesmo ameno parece que pede, aliás, suplica por um bom vinho, não é verdade? Então, uma vez visitando São Joaquim, é imperativo experimentar uma garrafa produzida nos terroirs joaquinenses. A vinícola Quinta da Neve (Rod. SJM 270/km 15), fundada há 20 anos, foi a primeira a investir e apostar na produção de vinhos na cidade. Em cerca de 25 hectares de terras, eles cultivam, entre outras, a exigente cepa Pinot Noir.

Villa Francioni Vinhos e Vinhedos é outra vinícola de vinhos finos. Eles oferecem visitas guiadas aos parreirais e à sua vinícola, além de degustação e venda de vinhos.

A Casa do Vinho está entre as 10 melhores distribuidoras de vinhos do país. Nela, é possível experimentar vinhos não só região, mas de todo o Brasil. Eles oferecem o serviço de degustações aos seus clientes em três ambientes especializados. Há atendimento específico para grupos e excursões.

 

Casa da Cultura, Museu de Artes de São Joaquim e Museu Histórico Municipal

Situada no centro de São Joaquim, a Casa da Cultura conta com um acervo de artes plásticas doado pelo colecionador e historiador Joaquim Galéte da Silva. Até final de 2019, estava fechada para reformas.

Já o Museu de Artes de São Joaquim Martinho de Haro, situado na Praça Cesário Amarante, na zona central da cidade, conta com um acervo com obras de artistas locais como Martinho de Haro, Rodrigo de Haro, Tereza Martorano, Yolanda Bathke, Susana Scóss Bianchini, entre outros. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

O Museu Histórico Municipal oferece exposições temáticas que pretendem resgatar a memória do município. Abre de segunda a sexta, das 09h às 11h e das 13h às 17h.

 

Belvedere

Trata-se de uma escadaria situada no centro da cidade a uma altitude de 1.450 m, de onde se tem uma bela vista de toda a cidade e da sua natureza. É uma pernada, mas a vista – e as fotos – valem a pena! Foi instalado uma espécie de mirante no local.

 

Igreja Matriz de São Joaquim

Localizada no centro, na Praça João Ribeiro, esta igreja é um dos cartões postais de São Joaquim. Monumento histórico, a sua construção teve início em 1918, tendo sido inaugurada em 1935. Ela foi totalmente construída com pedras-basalto, tiradas dos morros adjacentes e transportadas em carros de boi.

No interior, há esculturas de Adão e Eva e, no exterior, de profetas bíblicos.

 

Monumento Manoel Joaquim Pinto

Esta obra do escultor Élson Kiyotaka Outuki retrata o ciclo histórico, econômico e cultural da fundação de São Joaquim pelo bandeirante paulista Manoel Joaquim Pinto.

O monumento está localizado na Praça João Ribeiro, em frente à Prefeitura Municipal.

 

Exponeve

A Exponeve é descrita como “a maior feira de artesanatos da região serrana”. Trata-se de um pavilhão comercial permanente que vende artesanato e produtos da cidade. Está instalado no mesmo local onde é realizado a Festa Nacional da Maçã.

O horário de visitação e de compras é de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h; e aos domingos, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h.

 

Parque Nacional da Maçã

Com 214 mil metros quadrados, o Parque Nacional da Maçã está localizado a 2 km do centro e oferece área para camping e cancha de laço. Em seus pavilhões de exposições, com palco para shows, são realizados vários eventos, como feiras, leilões agropecuários e a famosa Festa Nacional da Maçã, que acontece geralmente em abril.

Inspirado para programar a sua viagem? Conheça a Serra Catarinense e valorize a nossa cultura e as nossas belezas naturais.

E encerramos assim a nossa série dedicada à Serra Catarinense.  Não deixe de conferir os outros destinos desta nossa viagem pelas plagas do nosso estado. Nos últimos posts, percorremos algumas das principais cidades serranas, passando por lugares como Lages, Urupema e Urubici, sempre com dicas imperdíveis de viagem.

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Até o próximo post!

Fonte da imagem de capa: Gazeta do Povo

Roder Cypriano

Mateando